Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (I)
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang pronuncia um discurso importante na Cerimônia de Abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, no sul da China, em 11 de outubro de 2016. (Xinhua/Ju Peng)
Macau, 12 out (Xinhua) -- O primeiro-ministro chinês Li Keqiang pronunciou um discurso importante na Cerimônia de Abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), que aconteceu na terça-feira.
Segue o texto completo do discurso do premiê Li.
Discurso de Sua Excelência o Primeiro-Ministro do Conselho de Estado da República Popular da China, Senhor Li Keqiang, na Cerimônia de Abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau)
Macau, 11 de Outubro de 2016
Sua Excelência o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Dr. Ulisses Correia e Silva
Sua Excelência o Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Dr. Baciro Djá
Sua Excelência o Primeiro-Ministro de Moçambique, Dr. Carlos Agostinho do Rosário
Sua Excelência o Primeiro-Ministro de Portugal, Dr. António Costa
Ilustres convidados, Senhoras e Senhores,
É com grande satisfação que nos reunimos aqui nesta bela cidade de Macau para participar na cerimônia de abertura da 5ªConferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau). Em nome do Governo Chinês, gostaria de expressar as calorosas felicitações pela realização da Conferência, dar as boas-vindas sinceras aos ilustres convidados que vêm de longe, e prestar homenagem às personalidades de todos os círculos que têm se dedicado à cooperação amistosa entre a China e os Países de Língua Portuguesa durante longo tempo.
Os que conhecem Macau sabem que as pontes são a“ linha vital ”de Macau, que são indispensáveis tanto para o desenvolvimento económico, como para o trabalho e a vida dos habitantes de Macau. A ponte de Amizade Sino-Portuguesa, inaugurada em 1994, era então a mais comprida da Ásia. E a ponte Hongkong-Zhuhai-Macau, de 55 quilômetros, que já com a estrutura principal concluída, é hoje em dia a ponte mais comprida de atravessia marítima do mundo.
Em Macau existe outra “ ponte transoceânica ” que é ainda mais comprida, que é o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. É uma ponte intangível, que tem a língua e cultura como o laço, a cooperação económica e comercial como tema principal, e o desenvolvimento comum como o seu objetivo, aproveitando de forma plena a vantagem única e o papel de plataforma de Macau, já desempenhou e continuará a desempenhar um papel importante para promover o reforço das relações entre a China e os sete países lusófonos.
No ano passado, o volume comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa aproximou-se de US$ 100 bilhões. A China já se tornou em um dos parceiros comerciais mais importantes dos países lusófonos e também um dos mercados principais de exportação desses países com o crescimento mais acelerado. Até agora, os Países de Língua Portuguesa já estabeleceram cerca de mil empresas na China. O estoque de investimento das empresas chinesas nesses países lusófonos aproximou-se de US$ 50 bilhões. O valor dos seus projetos empreitados nos países lusófonos ultrapassou US$ 90 bilhões. A nossa cooperação nas áreas de agricultura, proteção ambiental, transporte, telecomunicações e finanças, entre outras, obteve resultados muito frutuosos.
Impulsionados pelo Fórum, os contatos em diversos níveis entre a China e os Países de Língua Portuguesa são cada vez mais frequentes. A confiança mútua política entre os dois lados aprofunda-se, com o aumento de intercâmbio de visitas de alto nível. A cooperação local está a progredir-se. O número de viagens feitas pelos chineses aos países lusófonos aumentou rapidamente. Os intercâmbios culturais e educacionais são estreitados. Surgiram silenciosamente os entusiasmos pela língua portuguesa e língua chinesa, na China e nos países lusófonos, as escolas chinesas superiores que ministram curso de português ultrapassaram 20, enquanto 17 Institutos Confúcio foram abertos nos países de Língua Portuguesa. Os símbolos artísticos, tais como o Samba, o Fado, músicas chinesas " Amantes Borboletas" e "Jasmim" fazem com que os povos se aproximem, aprofundando cada vez mais os nossos conhecimentos mútuos e as nossas amizades. (a ser continuado)