Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (II)

2016-10-12 08:31:33丨portuguese.xinhuanet.com

CHINA-MACAO-LI KEQIANG-CONFERENCE-SPEECH (CN)

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang pronuncia um discurso importante na Cerimônia de Abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, no sul da China, em 11 de outubro de 2016. (Xinhua/Ju Peng)

Atualmente, a conjuntura política e económica do mundo está a atravessar mudanças profundas. A recuperação económica mundial encontra-se em dificuldades e complicações. O preço de commodities está em ajustamento de profundidade. O comércio e o investimento ainda estão fracos. Os protecionismos em diversas formas intensificam-se. Esses fatores colocam sérios desafios ao desenvolvimento dos países do mundo.

Em setembro deste ano, foi realizada com sucesso, a Cimeira do G20 em Hangzhou, nesta reunião, chegamos consensos amplos sobre o tema de "construir a economia mundial inovadora, revigorada, interconectada e inclusiva", e enfatizamos a importância de construção de uma economia mundial aberta, e opomo-nos ao protecionismo de qualquer forma, com o fim de revitalizar os dois motores que são o comércio internacional e o investimento, garantindo que, no contexto de globalização, o crescimento económico possa trazer mais oportunidades que beneficiem mais pessoas.

A China e os Países de Língua Portuguesa possuem 17% do volume da economia global e 22% da população mundial, tem cada um vantagens próprias em termos de capital, tecnologia, recursos, mercado, entre outros. Os nossos países situam-se nas grandes artérias do transporte marítimo internacional. A iniciativa “Uma Faixa e Uma Rota” coincide altamente com os planos do desenvolvimento de muitos Países de Língua Portuguesa. Perante a nova situação, os interesses comuns dos dois lados estão a aumentar, e as necessidades mútuas também estão a crescer. A China está disposta a fazer esforços conjuntos com os Países de Língua Portuguesa, para consolidar ainda mais os nossos laços económicos e comerciais, a fim de criar, de mãos dadas, um paradigma de cooperação amistosa entre os países com sistemas sociais diferentes, em fases de desenvolvimento diferentes e com culturas diferentes.

Devemos consolidar a confiança política mútua. A confiança mútua é a garantia importante da cooperação pragmática. Atualmente, as nossas relações se encontram na melhor fase da história. A China está disposta a fazer esforços conjuntos com os Países de Língua Portuguesa, com base de respeito mútuo, tratamento igual e ganhos compartilhados para intensificar ainda mais as visitas de alto nível, a apoiar um a outro nas questões de interesses vitais, a tratar as divergências de forma adequada, e a desenvolver uma parceria duradoura,saudável e estável.

Devemos promover a liberalização e facilitação do comércio e investimento. Atualmente, a globalização económica está com algumas reviravoltas, mas a sua tendência é irresistível. A globalização económica é favorável para formar a divisão do trabalho de forma racional, aumentar a eficiência do trabalho, alargar a dimensão do mercado, e trazer mais opções para os consumidores, promovendo o bem-estar do povo, o que corresponde aos interesses de longo prazo dos povos de todos os países. A China gostaria de alargar a abertura mútua dos mercados juntamente com os Países de Língua Portuguesa, expandir a cooperação nas áreas de alfândega, inspeção e quarentena, certificação e autenticação, entre outras. Vamos intensificar a proteção das propriedades intelectuais, criando um bom ambiente para o comércio e investimento. A China não procura o saldo positivo de comércio com os Países de Língua Portuguesa, e está a implementar de forma ativa a política de tarifa zero para 97% dos produtos tributados para alguns Países de Língua Portuguesa. A China encoraja mais importação dos produtos dos países lusófonos, apoia o comércio eletrónico transfronteiriço, explorando ainda mais o potencial do comércio.

Devemos ampliar a cooperação de capacidade produtiva. A maioria dos Países de Língua Portuguesa se encontra em fases cruciais de industrialização, tendo necessidades urgentes de reforçar as suas infraestruturas e melhorar o seu sistema de indústrias. A China possui sistema completo de manufatura industrial, equipamentos de boa relação qualidade-preço e fortes capacidades de construção das obras, com o crescimento rápido do investimento ao exterior. Reforçar a cooperação de capacidade produtiva é um atalho para alcançarmos a complementaridade de vantagens e ganhos compartilhados. Durante este Fórum, as partes participantes vão ainda assinar um memorando sobre a cooperação de capacidade produtiva. A China está disposta a aproveitar de forma plena o Fundo da Rota da Seda, o Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa e outras plataformas de financiamento, para implementar, mais rapidamente possível, uma série de projetos de cooperação de grande importância. A cooperação da capacidade produtiva pode ser realizada por duas partes, também pode ser tripartida. A China gostaria de, no princípio de operações do mercado e respeito das intenções das partes envolvidas, efetuar a cooperação tripartida eficiente de diversas formas, com o fim de alcançar ganhos compartilhados. A China e Portugal já realizaram cooperação tripartida exitosa nos Países de Língua Portuguesa. Esperamos que a experiência bem-sucedida dos casos possa ser copiada e dar ainda mais frutos em mais lugares.

Devemos reforçar o intercâmbio cultural e humano. A China está disposta a trabalhar junto com os Países de Língua Portuguesa a aprofundar constantemente a cooperação nas áreas de educação, ciência e tecnologia, cultura, saúde, desporto, jovens, entre outras, para tornar o intercâmbio cultural e humano em novos pontos de destaque nas nossas cooperações. A China vai continuar a apoiar os Países de Língua Portuguesa da Ásia e da África para atualizar e renovar as suas instalações culturais e educacionais, ampliar a cobertura dos Institutos Confúcio, e acelerar a construção de Centro de Cultura Chinesa e outras plataformas de intercâmbio cultural nos países lusófonos. Através de Instituto de Cooperação Sul-Sul e Desenvolvimento, e o Centro de Formação do Fórum de Macau, a parte chinesa gostaria de continuar a reforçar a cooperação na área do desenvolvimento dos recursos humanos. A China e os Países de Língua Portuguesa possuem abundantes recursos turísticos, e a parte chinesa está disposta a conceder o estatuto de destino autorizado (ADS) de grupos de turistas chineses, para mais países participantes do Fórum, e reforçar a cooperação nas áreas de investimento dos projetos turísticos e promoção de turismo.

Devemos exercer e elevar ainda mais o papel de plataforma de Macau. Macau tem a vantangem especial de ser bilingue, com uma posição geográfica privilegiada, infraestruturas completas e um ambiente ideal para o comércio. Macau é uma ponte muito importante que liga a China e os Países de Língua Portuguesa. O Governo Central dará todo o seu apoio a Macau para desempenhar o papel de suporte da iniciativa de “Uma Faixa e Uma Rota” e acelerar a construção da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, continuar a construir bem o Centro de Convenções e Exposições para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o Centro de Serviços Comerciais para as PMEs da China e dos Países da Língua Portuguesa, bem como o Centro de Distribuição dos Produtos dos Países de Língua Portuguesa. O Fórum apoia a realização anual do Fórum Internacional de Investimento e Construção de Infraestrutura e o Diálogo Ministerial da Infraestrutura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, entre outros. O Complexo de Plataforma de Cooperação Económica e Comercial, cuja construção já for iniciada, é uma plataforma da China e dos países lusófonos que combina as funções de serviços empresarial e comercial, negociações económica e comercial, exposição de mercadoria, de cultura e de intercâmbio de informações, que vai se tornar em uma nova arquitetura emblemática e um suporte da plataforma de cooperação amistosa entre a China e os Países de Língua Portuguesa. (a ser continuado)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (I)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (III)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (IV)

   1 2 3 4   

010020071380000000000000011100001357473821