Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (III)

2016-10-12 08:31:33丨portuguese.xinhuanet.com

CHINA-MACAO-LI KEQIANG-CONFERENCE-SPEECH (CN)

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang pronuncia um discurso importante na Cerimônia de Abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, no sul da China, em 11 de outubro de 2016. (Xinhua/Ju Peng)

Senhoras e Senhores,

A China valoriza a sua amizade com os países lusófonos, e está disposta a prestar o seu apoio aos países lusófonos da Ásia e da África dentro das suas capacidades. Desde o estabelecimento do Fórum, a China assinou acordos-quadros sobre empréstimos preferenciais com os países lusófonos da Ásia e da África no valor total acumulado de 6,09 bilhões de yuans, perdoando-lhes dívidas vencidas no valor de 230 milhões de yuans e formou 7600 talentos de diversas categorias para países concernentes. As oito medidas propostas pela China na edição anterior do Fórum foram basicamente concretizadas. Gostaria de anunciar agora que, nos próximos três anos, o Governo Chinês vai envidar mais esforços e propor as seguintes 18 novas medidas, com maiores intensidades, incluindo principalmente as seguintes:

- A China vai fornecer uma assistência gratuita aos Países de Língua Portuguesa da Ásia e da África participantes do Fórum no valor não menos que 2000 milhões de yuans, nos projetos prioritários de agricultura, facilitação do comércio e investimento, tratamento de malária, e pesquisa na medicina e farmácia tradicionais, bem como outros projetos relacionados à vida da população.

- A China vai conceder um empréstimo preferencial aos Países de Língua Portuguesa da Ásia e da África participantes do Fórum no valor não menos que 2000 milhões de yuans, para ser utilizado prioritariamente na promoção do acoplamento de indústria, da cooperação da capacidade produtiva e do aprofundamento da cooperação da construção de infraestruturas.

- A China vai perdoar as dívidas vencidas dos empréstimos sem juros no valor de 500 milhões de yuans dos países lusófonos menos desenvolvidos da Ásia e da África e que fazem parte do Fórum.

- A China vai continuar a enviar 200 profissionais de saúde em equipes médicas aos países lusófonos da Ásia e da África, participantes do Fórum, apoiar o estabelecimento da parceria entre os hospitais dos países lusófonos participantes deste Fórum, e realizar projetos de saúde materna e infantil, oferecendo tratamentos gratuitos de curto prazo.

- A China var fornecer 2000 vagas de formação de diversas categorias para os países lusófonos participantes deste Fórum e vai fornecer anualmente 2500 bolsas de estudo do Governo Chinês para os países lusófonos participantes do Fórum.

- A China vai encorajar as suas empresas a criar ou atualizar umas zonas de cooperação económica e comercial nos países lusófonos participantes do Fórum.

- A China vai ajudar os países lusófonos com necessidades a construir uma série de estações meteorológicas oceânicas para fazer face aos desastres naturais e alterações climáticas.

- A China apoia o estabelecimento em Macau de Plataforma de Serviços Financeiros para a China e os Países de Língua Portuguesa, da Confederação dos Empresários, do Centro de Intercâmbio Cultural, da Base de Formação de Talentos Bilingues, e do Centro Incubador de Jovens Empresários. Através da formação conjunta entre o interior da China e Macau, a China vai fornecer aos países lusófonos do Fórum 30 vagas de formação contínua com diplomas e graus acadêmicos, para os quadros já em serviço.

Na implementação das medidas mencionadas, a RAEM vai desempenhar papeis importantes de plataforma e de apoio.

Senhoras e Senhores,

Os amigos aqui presentes acompanham com muito interesse a situação económica da China, sobre a qual gostaria de fazer uma breve apresentação. Nos últimos anos, no contexto da recuperação fraca da economia mundial e das contradições estrutuais domésticas acumuladas durante longo tempo, a evolução da economia chinesa tem-se mantido num nível razoável, conseguindo a sua transformação e atualização no crescimento estável. A velocidade de crescimento da economia chinesa posiciona-se nos primeiros lugares entre as maiores economias do mundo, e sua taxa de contribuição para o crescimento económico mundial tem se mantido num nível superior a 25%. No primeiro semestre do ano corrente, a economia chinesa cresceu 6,7%. É muito difícil alcançarmos esta velocidade de crescimento com base no valor já muito alto, com a dimensão económica superior a US$ 10 trilhões. O valor criado do atual taxa de 6,7% é muito mais alto que o do passado criado com dois dígitos de taxa de crescimento. O valor do incremento económico chinês ao ano é mais do que US$ 800 bilhões, que é equivalente ao volume económico total de um país de rendimento médio.  

Entrando no 3º trimestre, a economia chinesa continuou a tendência de crescimento do 1º semestre e regista-se mais mudanças positivas. A taxa de contribuição dos setores de consumo e de serviços para o crescimento económico aumentou estávelmente. Alguns índices importantes que estavam fracos ou em queda agora melhoraram-se, entre os quais o crescimento industrial, o desempenho empresarial, o investimento aumentaram, especialmente o investimento privado parou de cair e começou a melhorar. Melhorou também a expectativa da sociedade.

Em geral, no ano corrente, especialmente no terceiro trimestre, o funcionamento da economia chinesa foi melhor que a expectativa, especialmente o emprego manteve-se basicamente estável. Nos primeiros nove meses deste ano, o aumento da população empregada nas zonas urbanas foi de 10.67 milhões, mantendo a tendência de aumento anual de mais 13 milhões nos últimos três anos. Em setembro deste ano, a taxa de desemprego urbano pesquisado em 31 grandes cidades chinesas foi abaixo de 5%, sendo a primeira vez nos últimos anos. A criação de emprego é primacial para a China, um país em desenvolvimento com 1,3 bilhão de habitantes, pois o nosso objetivo da manutenção de crescimento económico é garantir o emprego e beneficiar o povo.

Ao constatar os êxitos alcançados, devemos estar cientes de que a economia chinesa ainda está sob pressões de desaceleração e é preciso manter a demanda geral e acelerar a reforma estrutural do lado da oferta, melhorar a qualidade e eficiência do sistema de oferta para manter o funcionamento estável da nossa economia. Atualmente, existem alguns comentários sobre o risco da dívida da China e do mercado imobiliário. Devemos tratar destas questões de forma objetiva e completa. Em geral, este risco é controlável. O problema reside no desequilíbrio da estrutura da dívida. A taxa de endividamento do Governo Chinês é relativamente baixo entre as maiores economias do mundo. A taxa de endividamento do Governo Central é apenas 16%, embora as taxas de endividamento dos governos locais sejam maiores que a do Governo Central, são cada vez mais regularizados os endividamentos dos governos locais. As dívidas são destinadas principalmente a construção em vez de dar benefícios, sendo a maioria dívida colateralizada por ativos mobiliários, é possível ser recompensada. (a ser continuado)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (I)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (II)

Premiê chinês pronuncia discurso na cerimônia de abertura da 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau (IV)

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