Comércio brasileiro perdeu 132 mil lojas e 500 mil empregos no segundo trimestre devido à COVID-19
Rio de Janeiro, 25 ago (Xinhua) -- A pandemia da COVID-19 já provocou o fechamento de 132 mil estabelecimentos comerciais no Brasil e a perda de 500 mil postos de trabalho no setor no segundo trimestre de 2020, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O sindicato patronal dos comerciantes brasileiros afirmou que o total de lojas fechadas equivale a 10% de todos os estabelecimentos varejistas que funcionavam no país antes da pandemia e supera as 105.300 que fecharam em 2016, na pior recessão econômica da história do Brasil.
A previsão da CNC é de que o setor chegue no final de 2020 com 1,252 milhão de estabelecimentos com vínculos empregatícios, menos 88.700 na comparação com o final de 2019.
Segundo o economista Fábio Bentes, responsável pelo relatório, os segmentos comerciais mais afetados pela pandemia e que tiveram mais lojas fechadas foram aqueles que têm "consumo presencial".
"As vendas presenciais, historicamente a principal modalidade de consumo por parte da população, registraram um volume muito reduzido nesse período", explicou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
De acordo com os dados, o setor de utilidades domésticas foi o que teve mais lojas fechadas (35.300), seguido dos de vestuário, tecidos, calçados e acessórios (34.500) e do de comércio automotivo (20.500).
O setor que apresentou menos perdas foi o de produtos de informática e comunicação, com 1.200 lojas fechadas.
"Já em alguns ramos do chamado varejo essencial, diretamente menos afetados pelo isolamento social, as perdas de pontos de vendas se deram de forma menos intensas do que a média do setor. Foram os casos dos hiper, super e minimercados e das farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos", ressaltou a CNC.
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