Houthis anunciam que líder foi morto em ataque aéreo liderado pela Arábia Saudita

Foto do arquivo tirada em 26 de março de 2017 mostra o presidente do Supremo Conselho Político Houthi, Saleh al-Sammad (frente), participando de uma manifestação em Sanaa, Iêmen. Os principais rebeldes Houthis do Iêmen anunciaram na segunda-feira que seu principal líder, o presidente do Supremo Conselho Político Houthi, Saleh al-Sammad, foi morto em um ataque aéreo da coalizão liderada pelos sauditas, na cidade portuária de Hodeidah, no Mar Vermelho iemenita, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícas Saba, controlada pelo estado Houthi (Xinhua/Mohammed Mohammed)

Sanaa, 23 abr (Xinhua) -- Rebeldes Houthis do Iêmen anunciaram na segunda-feira que seu principal líder, o presidente do Supremo Conselho Político Houthi, Saleh al-Sammad, foi morto em um ataque aéreo da coalizão liderada pelos sauditas na cidade portuária de Hodeidah, no Mar Vermelho iemenita, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias Saba, controlada pelo Houthi.

Eles relatam que al-Sammad, de 39 anos, foi morto na quinta-feira na cidade de Hodeidah. Os Houthis prometeram vingar sua morte, disse o comunicado, que não forneceu mais detalhes sobre as circunstâncias da morte.

Também no comunicado, os Houthis declararam a nomeação de Mahdi al-Mushat como novo presidente do Supremo Conselho Político, que é o mais alto órgão político governante desde que os Houthis assumiram o controle de grande parte do norte do país.

Em setembro de 2014, al-Sammad foi indicado como assessor e representante do grupo Houthi no gabinete presidencial do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi.

Cinco meses depois, os Houthis invadiram a capital Sanaa e forçaram Hadi e seu governo ao exílio.

Em 6 de agosto de 2016, al-Sammad foi indicado por seu grupo como presidente do Conselho Político Supremo.

Al-Sammad havia servido como professor de estudos islâmicos antes de ser encorajado por seu grupo a entrar para o cenário político em 2014.

A Arábia Saudita ofereceu 20 milhões de dólares para qualquer informação que leve à captura ou morte do responsável.

A coalizão considerava al-Sammad como o segundo líder, logo após o chefe do grupo, Abdul-Malik al-Houthi.

A morte de al-Sammad é considerada o golpe mais duro até agora ao movimento Houthi, que é apoiado pelo Irã.

A coalizão interveio no conflito iemenita em março de 2015 para derrubar os rebeldes xiitas Houthi, aliados do Irã, e apoiar o presidente Hadi, reconhecido internacionalmente.

Os rebeldes assumiram o controle de grande parte do norte do país desde setembro de 2014, incluindo a capital Sanaa, e forçaram o presidente Hadi e seu governo a se exilarem em Riad, capital da Arábia Saudita.

A guerra já matou mais de 10 mil iemenitas, a maioria civis, e deslocou três milhões de pessoas, provocando uma das piores crises humanitárias do mundo.