Discriminação racial agrava divisão social nos Estados Unidos, diz relatório

2018-04-24 21:07:46丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 24 abr (Xinhua) -- As relações raciais nos Estados Unidos continuaram a se deteriorar em 2017, segundo um relatório sobre os direitos humanos dos Estados Unidos, divulgado nesta terça-feira.

O relatório, intitulado "Histórico de Direitos Humanos dos Estados Unidos em 2017" e publicado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado chinês, disse que o antagonismo social se intensificou e que conflitos raciais frequentemente ocorreram no país.

A discriminação racial existe na aplicação da lei e nos órgãos judiciários, observou o relatório. Os criminosos do sexo masculino e negros receberam em média sentenças 19,1% mais longas que os brancos "em semelhante situação", disse, citando um relatório da Comissão de Sentença dos Estados Unidos, divulgado em novembro de 2017.

Segundo as estatísticas do Mapping Police Violence, divulgado em 1º de janeiro de 2018, a polícia dos Estados Unidos matou 1.129 pessoas em 2017, das quais 25% eram negros, muito mais alta que sua distribuição populacional de 13%.

O relatório disse que os crimes de ódio racista atingiram o recorde nos últimos anos nos Estados Unidos. Segundo as estatísticas divulgadas pelo FBI em novembro de 2017, um total de 6.121 crimes de ódio foi informado no país em 2016, para um nível nunca visto na história recente.

Os grupos de minorias têm menores taxas de emprego e salários, e a disparidade de riqueza racial ficou maior, disse o relatório.

Segundo os dados divulgados pelo Federal Reserve em setembro do ano passado, entre 2013 e 2016 a disparidade de riqueza entre as famílias negras e brancas cresceu 16% e 14 % entre hispânicos e brancos.

O relatório observou que os muçulmanos sofrem discriminação e ataques nos Estados Unidos. Segundo uma análise do Centro de Pesquisa Pew sobre as estatísticas de crimes de ódio levantadas pelo FBI, o número de ataques contra muçulmanos no país aumentou significativamente entre 2015 e 2016, ultrapassando o pico moderno atingido em 2001, o ano em que ocorreram os atentados terroristas de 11 de setembro.

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