Em carta ao PT, Lula comemora pesquisas e reafirma sua inocência

2018-04-24 16:47:46丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 23 abr (Xinhua) -- A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), leu na segunda-feira um carta escrita na prisão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva direcionada ao diretório do partido.

Lula se disse feliz com os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas recentemente, nas quais, apesar de estar cumprindo pena desde o dia 7 de abril, continua mantendo a liderança em todos os cenários em que sua candidatura é mencionada, alcançando o dobro da preferência do segundo colocado, o deputado federal de extrema direita Jair Bolsonaro.

Na carta, que foi reproduzida parcialmente na página da internet do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o ex-presidente também ressaltou a importância de 2018, tanto para os partidos progressistas quanto para a democracia como um todo. Ele ainda reafirmou sua inocência e disse querer sua liberdade.

"2018 é muito importante para o PT, para a esquerda e para a democracia. Para mim, eu quero a minha liberdade", destacou Lula.

"Há insinuações de que se eu não for candidato, se eu não tiver holofotes, se eu não falar contra a (minha) condenação, será mais fácil a votação em meu favor (no Supremo Tribunal Federal). A Suprema Corte não tem que me absolver porque eu sou candidato, porque vou ficar bonzinho. Ela tem que votar porque sou inocente, e também para retomar seu papel constitucional que é ser garantia do comportamento da Constituição", escreveu Lula.

O ex-presidente de 72 anos conclui o texto afirmando que "a luta continua até a vitória final".

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão em segunda instância acusado de ter supostamente recebido um apartamento triplex no balneário de Guarujá, litoral do estado de São Paulo, da Construtora OAS, em troca de favorecer empresa em contratos com a Petrobras, o que é negado por ele e sua defesa visto que além de não haver provas dos supostos favores, o imóvel permanece como propriedade da OAS.

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