Voluntário mói grãos de café com crianças durante sessão de experiência prática no pavilhão da Etiópia em salão de exposição permanente do Parque de Demonstração de Inovação e Promoção da Cooperação Econômica e Comercial China-África em Changsha, província de Hunan, centro da China, no dia 30 de agosto de 2024. (Xinhua/Chen Sihan)

"A juventude virou um elo essencial na herança da amizade China-África e um impulsionador fundamental do aprendizado mútuo entre China e África".

Beijing, 8 set (Xinhua) -- Com ajuda da China, a África está indo em direção a "uma modernização justa e equitativa, que garante oportunidades iguais e que nos move em direção a um futuro compartilhado para a humanidade", disse empolgado à Xinhua, Washington Aburiri, estudante queniano da Universidade Jiaotong de Beijing (BJTU).

Ele também ficou encantado com a brilhante perspectiva de cooperação China-África trazida pela recém-concluída Cúpula de 2024 do Fórum sobre Cooperação China-África (FOCAC), durante a qual o presidente chinês Xi Jinping anunciou dez ações de parceria para modernização a fim de fortalecer a cooperação China-África.

Na verdade, Aburiri tem sido um participante e beneficiário da crescente cooperação China-África. Ele estudou tráfego ferroviário e controle de sinalização por quatro anos na BJTU antes voltar ao Quênia para trabalhar como engenheiro de sinalização ferroviária na Ferrovia de Bitola Padrão Mombasa-Nairóbi financiada pela China. Então, ele retornou à BJTU em 2023 para fazer mestrado em engenharia e gestão de logística.

"Aprendemos muito e adquirimos habilidades valiosas que nos ajudarão a operar o sistema de transporte quando estudarmos na China", disse Aburiri.

No ano passado, Aburiri, junto com outros representantes de estudantes e ex-estudantes quenianos na BJTU, escreveu uma carta a Xi, na qual contaram a vontade de desempenhar o papel de embaixadores da amizade entre o Quênia e a China. Junto com a carta, eles enviaram um presente especial ao líder chinês: uma passagem para viajar na ferrovia Mombasa-Nairóbi.

No começo deste ano, Xi escreveu de volta. Em sua resposta, o líder chinês disse que estava feliz em ver que eles se uniram à China por meio dessa estrada para a felicidade e se beneficiaram da amizade e cooperação China-Quênia e China-África.

Ele os encorajou a continuar contribuindo para a amizade entre a China e o Quênia e entre a China e a África, destacando que a imagem magnífica da Iniciativa do Cinturão e Rota e o grande projeto da parceria cooperativa estratégica abrangente China-Quênia precisam de mais jovens promissores para se concretizarem.

Aburiri mencionou que cerca de 70% da equipe do projeto da Ferrovia Mombasa-Nairóbi são jovens que se orgulham de contribuir para um esforço tão significativo e fazer parte da transição do antigo para o novo.

Apoiar os jovens e oferecer oportunidades a eles é a melhor maneira de construir uma comunidade forte, disse ele à Xinhua. "Os jovens são o pilar do futuro", disse Aburiri.

Muitos jovens se dedicaram à cooperação e aos intercâmbios China-África em vários campos, incluindo Thomas Donglona Adawa, estudante estrangeiro chadiano que faz doutorado na Universidade de Beijing.

Em 2021, Adawa e outros 40 estudantes internacionais da Universidade de Beijing escreveram uma carta ao presidente Xi, compartilhando suas experiências de estudo e vida na China, destacando particularmente "o milagre do desenvolvimento que vimos aqui".

"Na resposta, o presidente Xi nos encorajou a compartilhar nossos pensamentos e experiências com mais pessoas e desempenhar um papel ativo na promoção da amizade entre os povos de todos os países", lembrou Adawa, cuja pesquisa de doutorado tem como foco "questões e soluções africanas". Até agora, ele viajou para 15 províncias na China para estudar o desenvolvimento econômico e social do país.

"A modernização ao estilo chinês está enraizada em sua história e cultura únicas, oferecendo inspiração valiosa para os países africanos", disse ele. "Também devemos explorar um caminho para a modernização que se alinhe com nossas próprias necessidades de desenvolvimento".

Convidada visita área de exposição sobre intercâmbio cultural entre a China e a África durante a 7ª edição do Fórum Popular China-África e a 7 ª edição do Fórum de Jovens Líderes China-África em Changsha, província de Hunan, centro da China, no dia 25 de julho de 2024. (Xinhua/Chen Zhenhai)

Graças à plataforma fornecida pelo FOCAC, os jovens da China e da África podem continuar trocando ideias, o que contribuirá para o desenvolvimento de longo prazo das relações China-África e apoiará seu caminho compartilhado em direção à modernização, disse Adawa à Xinhua.

Os intercâmbios culturais entre os jovens são essenciais nas relações China-África. Em 2013, durante sua visita à África do Sul, o presidente Xi viu a assinatura de um acordo entre a China e a África do Sul para estabelecer conjuntamente o Instituto Confúcio na Universidade de Tecnologia de Durban.

Em uma carta de resposta a 50 membros do corpo docente e estudantes do instituto em 2023, Xi os encorajou a serem enviados para herdar e desenvolver a amizade entre os dois países, de modo a contribuir para promover a amizade e cooperação China-África e construir uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.

Wu Lin, co-reitor do instituto, disse à Xinhua que desde que foi criado, o instituto treinou mais de 10.000 estudantes, despertando o interesse entre os jovens africanos na língua, cultura e desenvolvimento nacional chineses.

"A juventude virou um elo essencial na herança da amizade China-África e um importante impulsionador do aprendizado mútuo entre a China e a África", disse Wu.

Entre as dez ações de parceria recém-reveladas, uma é impulsionar ainda mais os intercâmbios interpessoais China-África. De acordo com o plano de ação, a China estabelecerá uma academia de tecnologia de engenharia, construirá 10 Oficinas Luban com a África e fornecerá cerca de 60.000 oportunidades de treinamento para o povo africano, principalmente para mulheres e jovens.

O futuro das relações China-África está nos jovens. Como Xi observou no discurso principal na Cúpula de Beijing do FOCAC de 2018, o bastão da amizade China-África será passado entre gerações e que a China e a África, trabalhando juntas, construirão uma comunidade ainda mais vibrante com futuro compartilhado.