Foto tirada em 29 de maio de 2023 mostra a Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Egito TEDA Suez (SETC-Zone, na sigla em inglês) em Suez, Egito. (SETC-Zone/Divulgação via Xinhua)
"Ficamos muito felizes em atrair muitos investimentos nos últimos dois anos, no valor de mais de US$ 6 bilhões, 40% dos quais provenientes da China", disse um alto funcionário da Zona Econômica do Canal de Suez do Egito.
Por Mahmoud Fouly e Yao Bing
Cairo, 29 ago (Xinhua) -- Os investimentos chineses têm crescido na Zona Econômica do Canal de Suez (SCZone, na sigla em inglês) do Egito, destacando um futuro promissor para o centro comercial em torno do vital Canal de Suez, disse o presidente da Autoridade Geral da SCZone, Waleid Gamal El-Dein, em uma entrevista recente à Xinhua.
"Ficamos muito felizes em atrair muitos investimentos nos últimos dois anos, no valor de mais de US$ 6 bilhões, 40% dos quais provenientes da China", disse Gamal El-Dein.
Observando que visitou a China várias vezes nos últimos 18 meses, o chefe disse que faria mais viagens à China para atrair investimentos para a zona nos setores automotivo e farmacêutico.
Ele acrescentou que visitar a China "foi uma grande oportunidade para mostrar as oportunidades, o ecossistema, a infraestrutura e os incentivos oferecidos pela SCZone".
Os investidores chineses podem se beneficiar das atividades de nearshoring e dos acordos de comércio exterior de que o Egito desfruta com vários blocos econômicos, bem como da localização, singularidade e proximidade dos mercados da SCZone, de acordo com o chefe.
Mais de 160 empresas chinesas estão funcionando em vários setores na SCZone, disse Gamal El-Dein, acrescentando que os setores cobertos pelos investimentos chineses incluem a fabricação de fibra de vidro, novos materiais de construção, equipamentos de petróleo, equipamentos de alta e baixa tensão, maquinário e outros.
A gigante desenvolvedora industrial chinesa TEDA é uma importante parceira da SCZone. Ela desenvolveu uma vasta área de deserto no Distrito de Ain Sokhna, na Província de Suez, e construiu a Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Egito TEDA Suez em 2008.
Foto tirada em 18 de abril de 2018 mostra o prédio da Zona de Cooperação TEDA na Zona Econômica do Canal de Suez (SCZone) em Ain Sokhna, Egito. (Xinhua/Wu Huiwo)
"Trabalhar com a TEDA é muito importante. A TEDA agora tem aproximadamente 7,2 quilômetros quadrados de terra para áreas industriais. Cerca de 5,2 quilômetros quadrados já foram usados para investimentos, e os 2 milhões de metros quadrados restantes devem abrigar novos investimentos muito em breve", disse o presidente da SCZone.
"Agora estamos em negociações com a TEDA para ampliar seu terreno em mais 3 milhões de metros quadrados para poder acomodar novas indústrias", observou ele.
Gamal El-Dein disse que a SCZone do Egito e o Canal de Suez são centros vitais para a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China.
"Acho que o Egito, em geral, e a SCZone, em particular, desempenhariam um papel enorme na ICR", disse Gamal El-Dein à Xinhua.
"Acreditamos que a integração entre nossas áreas industriais e nossos portos está ajudando a integrar a SCZone na ICR e ajudando os investidores na zona a atingir seus objetivos", acrescentou.
Espera-se que o funcionário visite Beijing no início de setembro para participar da Cúpula de 2024 do Fórum de Cooperação China-África.
"Para nós, esse é um fórum muito importante para discutir com nossos parceiros na África como atendê-los melhor e também para discutir com os investidores chineses como eles podem atender melhor a África a partir do Egito", disse Gamal El-Dein.