Em segunda turnê na China, grupo Brasil in Trio mostra diversidade de ritmos da música brasileira

2019-01-25 16:25:33丨portuguese.xinhuanet.com

Por Renata Vieira Reis

Grupo Brasil in Trio se apresenta no Grande Teatro Nacional da China (NCPA) em Beijing.

Beijing, 25 jan (Xinhuanet) -- O grupo Brasil in Trio, composto pelos músicos Everton Luiz (sax e flauta), Diego Amaral (percussão) e Julio Lemos (violão de 7 cordas), realizou uma apresentação no Grande Teatro Nacional da China (NCPA) no último sábado, dia 19, onde encantou os chineses com uma rica diversidade de ritmos e estilos da música brasileira, incluindo choro, samba, maxixe, maracatu e baião.

Em um repertório que refletiu a multiculturalidade do Brasil, os chineses também puderam desfrutar, além da excelente apresentação, de uma viagem através da cultura brasileira. Considerados como “contidos”, os chineses não se renderam ao som de Tico-Tico no Fubá, por exemplo, quando foi possível observar o balanço dos ombros e dos pés durante a contagiante interpretação feita pelo trio do choro de Zequinha de Abreu.

Além de clássicos como 1 x 0, Assanhado, Lamentos do Morro, Bem Brasil e Brasileirinho, o repertório do show no NCPA também contou com canções do compositor Alessandro Branco, que fazem parte do primeiro CD do grupo, intitulado “Brasil in Trio Interpreta Alessandro Branco”, lançado em 2014. Através das músicas Baiãozinho, Maracatudo e Repentista, o público teve uma mostra da diversidade de ritmos e estilos da música brasileira, estampada no próprio nome das canções brilhantemente interpretadas pelo trio.

Após seis meses da primeira turnê na China, realizada em julho do ano passado com shows em Beijing e Shanghai, o grupo não esperava voltar tão rápido para um país tão distante. No ano passado, o trio desembarcou na China graças à um programa de incentivo à cultura no Brasil, através do qual conseguiu financiamento para apresentações em outro país.

Movidos pelo interesse de transpor fronteiras e de explorar a Ásia, visto que já haviam se apresentado na América do Sul e Europa, e preparavam uma turnê para os Estados Unidos, o grupo optou pela China, e, sem dúvidas, fez uma ótima escolha.

Para o trio, a realização da segunda turnê demonstrou que eles realmente foram bem recebidos e aceitos na primeira vez, o que proporcionou um convite da embaixada do Brasil na China para uma segunda apresentação no país.

Desta vez, eles se apresentaram nas cidades de Beijing e Tianjin. Na capital chinesa, fizeram um show no DDC (Dustin Dawn Club) e no Blossom Hall do Teatro Nacional. Em Tianjin, o grupo se apresentou no Tianjin Concert Hall.

O grupo destacou que ambas as experiências foram muito positivas, tendo sido muito bem recebido pelo público chinês, que demonstrou entusiasmo e também um certo ar de novidade, no que foi para muitos o primeiro contato com a música brasileira.

O trio também mencionou a ótima estrutura e o profissionalismo das equipes de produção dos locais em que tocaram: “Desta vez, tivemos também o suporte da embaixada, que foi primordial, e fez com que nos sentíssemos mais "em casa". A produção desta vez ficou a cargo do Marcelo, diplomata responsável pelo setor cultura da embaixada, juntamente com o Alê Amazônia, que também auxiliou na organização de alguns dos shows.

Em relação às diferenças culturais e à barreira linguística, os músicos afirmam que vieram com uma pequena experiência para a segunda turnê, o que tornou as coisas mais fáceis:

“A primeira visita foi mais impactante, principalmente em relação à dificuldade de comunicação, já que a grande maioria dos chineses não fala inglês e a língua é bem diferente das de origem do Latim. Já a segunda foi mais natural, chegamos usando WeChat, entre outras ferramentas, além de aplicativos de tradução. Além disso, conseguimos nos comunicar mais com os chineses, pois tivemos a ajuda de uma tradutora da produção da embaixada, Sylvia, que nos acompanhou na maior parte do tempo da nossa turnê”, disse o trio.

O grupo também afirmou que a segunda vez no país trouxe uma maior empatia pela China, pois tiveram maior facilidade em lidar com as diversas situações do cotidiano da turnê: “Vale destacar o nosso concerto no NCPA, o qual ficamos impressionados com o super fundo de palco com a nossa imagem bem grande em destaque, além de termos recebido no final um buquê de flores da produção, nos sentimos muito valorizados”.

Com a previsão de lançamento do segundo CD neste ano, “Brasil in Trio interpreta Jarbas Cavendish”, um grande músico e compositor que também foi professor da universidade enquanto eles estavam na graduação, o grupo está feliz com a valorização do trabalho na China, e espera mais convites, como também de outros países asiáticos. “Estamos muito interessados em desbravar o Japão, conhecemos vários artistas brasileiros que já tocaram por lá”, afirmam.

Certamente, aguardamos pelo novo CD e por mais turnês do trio de “brasileirinhos” (小子) na China.

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