Entrevista: Visita de Xi ao Panamá estabelecerá um marco nos laços bilaterais, diz diplomata
Cidade do Panamá, 2 dez (Xinhua) -- A visita do presidente chinês Xi Jinping ao Panamá estabelecerá um marco nos laços bilaterais, disse Luis Miguel Hincapié, vice-ministro das Relações Exteriores do país centro-americano.
A visita é a primeira de um chefe de Estado chinês desde que os dois países estabeleceram laços diplomáticos em junho de 2017.
Em uma entrevista à Xinhua, Hincapié disse que a visita, que começou no domingo, mostra que a China dá importância a seus laços com o Panamá.
A visita de Xi colocará o Panamá "no mapa", acrescentou ele.
"O que nós queremos é servir como uma porta de entrada da China na América Latina, fazendo uso máximo das nossas conexões aéreas e marítimas com o restante da região de modo que as companhias chinesas possam estabelecer negócios aqui e distribuir seus produtos e abastecer o mercado latino-americano", disse Hincapié.
Xi chegou à Cidade do Panamá no fim do domingo como parte de sua viagem pela Europa e América Latina entre 27 de novembro e 5 de dezembro, que também inclui visitas à Espanha, Argentina e Portugal.
A visita do presidente chinês ao Panamá ajudará a consolidar os laços relativamente novos entre os dois países, disse Hincapié.
O presidente panamenho, Juan Carlos Varela, realizou uma visita de Estado à China em novembro do ano passado.
"Nós temos que ver isso (a relação com a China) como um benefício para todos, para o país," disse Hincapié.
Desde o estabelecimento de laços diplomáticos, o Panamá e a China assinaram uma série de acordos de cooperação em diversas áreas.
"Nós precisamos nos aproximar. O país (Panamá) aguardou isto por muitos anos, mas agora estamos lá. Nós devemos olhar para o futuro", disse Hincapié.
Estabelecer laços com a China foi um movimento político estratégico que forneceu ao Panamá um outro importante parceiro de cooperação, especialmente nos fóruns multilaterais, disse ele.
Ainda é muito cedo para ver os laços bilaterais gerarem resultados na economia, mas a relação já teve um impacto positivo, incluindo o primeiro voo entre a China e o Panamá, com escala em Houston, e a chegada das companhias chinesas ao Panamá, disse Hincapié.
O Panamá não é um grande produtor, mas sim um provedor de serviços, disse Hincapié. Sua localização entre a América do Norte e do Sul faz do país um hub para as companhias aéreas ao mesmo tempo em que o Canal do Panamá serve ao comércio mundial oferecendo um atalho que conecta o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico.
O Panamá também quer conectar sua vantagem geográfica com a Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela china.
Tal iniciativa, junto com a visão chinesa de uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, "mostra o desejo da China de fazer parte da integração do mundo", disse o funcionário de alto escalão do Panamá.
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