Partidos políticos do Brasil se alinham com principais candidatos presidenciais

2018-10-11 11:10:20丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 9 de outubro (Xinhua) -- Dois dias depois do primeiro turno das eleições, vários partidos políticos brasileiros iniciaram na terça-feira o processo de alinhamento com os dois candidatos presidenciais.

O segundo turno será realizado em 28 de outubro entre Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Bolsonaro teve uma forte liderança no primeiro turno das eleições de domingo, ganhando 46% dos votos em uma disputa entre 13 candidatos.

O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) anunciou que estava endossando o candidato de direita Bolsonaro, citando seu apoio às políticas econômicas liberais que favorecem a desregulamentação e os cortes de gastos.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) deram seu apoio ao rival de esquerda Haddad, que ficou atrás de Bolsonaro com 28% dos votos. O mesmo aconteceu com o Partido Pátria Livre (PPL).

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que ficou em quarto lugar na eleição de domingo, decidiu na terça-feira manter-se neutro no segundo turno. Os membros do partido terão liberdade para declarar seu apoio pessoal a qualquer candidato que preferirem.

A decisão é surpreendente, uma vez que o PSDB perdeu as últimas quatro eleições presidenciais para o PT - e venceu duas antes disso. O PT e o PSDB são os rivais mais notórios da política brasileira, e o fato de alguns membros do PSDB poderem optar por apoiar o PT mostra a mudança na dinâmica dessa eleição.

Além disso, vários partidos menores, incluindo o Partido Novo, o Partido Progressista e os Democratas Cristãos, anunciaram-se neutros, permitindo que seus membros votassem em qualquer candidato que quisessem.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT), cujo candidato Ciro Gomes ficou em terceiro lugar, com 12,5% dos votos, ainda não anunciou sua decisão.

Havia indicações de que Gomes pediria aos seus partidários para apoiarem o candidato do PT, Haddad. Os líderes do PDT realizarão uma reunião executiva na quarta-feira.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ao qual o atual presidente Michel Temer é filiado, ainda não anunciou seu apoio.

Com base nos resultados do primeiro turno, Haddad precisará de uma ampla coalizão para derrotar Bolsonaro no segundo turno.

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