Faltam US$ 600 bilhões nos investimentos de infraestrutura do Cinturão e Rota

2018-04-14 16:40:38丨portuguese.xinhuanet.com

Guangzhou, 14 abr (Xinhua) -- Há uma carência de mais de US$ 600 bilhões para investimentos de infra-estrutura nas região do Cinturão e Rota a cada ano, disse Zhou Xiaochuan, vice-presidente do Fórum Boao para a Ásia.

Zhou, também ex-presidente do banco central da China, fez o comentário no Fórum 2018 de Política de Alto Nível sobre Governança Global realizado nos dias 12 e 13 de abril na cidade de Guangzhou, no sul do país.

Segundo o Banco Asiático de Desenvolvimento, entre 2016 e 2020, os países na região Ásia-Pacífico (excluindo-se China) necessitarão de cerca de US$ 500 bilhões nos investimentos de infraestrutura a cada ano, mas os setores público e privado podem fornecer apenas um total de US$ 200 bilhões anualmente.

"De acordo com o nosso cálculo baseado nessa medida, a carência nos investimentos de infraestrutura das regiões do Cinturão e Rota é de mais de US$ 600 bilhões por ano", disse Zhou.

Dados mostram que entre 2014 e 2017, o Banco de Exportação e Importação da China (China EximBank) emitiu mais de 930 bilhões de yuans (US$ 148 bilhões) de empréstimos. Até o fim de março, os empréstimos pedentes do China EximBank aos países ao longo do Cinturão e Rota somaram mais de 810 bilhões de yuans, 29,7% a mais em termos anuais.

Li Ruogu, ex-presidente do China EximBank, disse que um grande desafio para executar a Iniciativa do Cinturão e Rota é uma falta enorme de fundos.

Baseada na experiência da China nos últimos 40 anos, os investimentos totais nos seus ativos fixos foram estimados em mais de 500 trilhões de yuans. A população total da região do Cinturão e Rota é três vezes a da China, e a área combinada de terra é aproximadamente quatro vezes a da China, significando que a demanda por investimentos será muito maior, disse ele.

Wang Yiming, vice-diretor do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, disse que as regiões do Cinturão e Rota são principalmente economias em desenvolvimento e emergentes, que estão relativamente fracas na potência econômica e a capacidade de financiamento mas com dívidas pesadas.

Nesse aspecto, especialistas sugeriram que é importante mobilizar mais fundos para os países ao longo do Cinturão e Rota e, ao mesmo tempo, aqueles países devem adotar políticas que sejam conducentes para atrair investimentos estrangeiros.

Segundo Wang, o modelo de PPP aplicado nos projetos de infraestrutura relacionados ao Cinturão e Rota tem funcionado bem nos últimos anos. Com um mecanismo de operação flexível e conceito de um desenvolvimento de ganho mútuo, ele tem o potencial de atrair mais capital social.

Estatísticas mostram que desde que a Iniciativa do Cinturão e Rota foi proposta em 2013, os bancos chineses participaram de mais de 2.600 projetos relacionados, lançando empréstimos totalizando mais de US$ 200 bilhões.

Até o fim de 2017, um total de 55 bancos de 21 países do Cinturão e Rota já estabeleceram instituições na China.

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