Xi Jinping: Líder da grande revitalização da China

Beijing, 14 mar (Xinhua) -- A China consegue fazer isso? É a pergunta mais importante para o maior e mais corajoso experimento econômico, político e social do mundo.

A chave para entender as perspectivas do país é a filosofia de governança do seu líder, Xi Jinping.

Xi está liderando as mais de 1,3 bilhão de pessoas na marcha em direção ao Sonho Chinês -- acabar com a pobreza e revitalizar a nação que já obteve progresso surpreendente na geração de prosperidade.

O reformador, de 63 anos, trouxe seu próprio pensamento sobre os problemas que serão enfrentados neste caminho, especialmente depois de um ano de eventos tumultuosos no mundo.

Tomando as preocupações do povo como sua primeira e mais importante preocupação, as experiências de Xi, seu compromisso, determinação e habilidade de governar e liderar se tornaram uma raridade na cena política global.

Mais tarde neste ano, o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC) elegerá a nova liderança para outro prazo quinquenal, um período cheio de desafios para a visão de Xi de uma nação próspera para o 100º aniversário do Partido.

Em 2020, o Produto Interno Bruto da China deve ultrapassar os 90 trilhões de yuans (US$ 13 trilhões), com a população de classe média atingindo cerca de 400 milhões no país, um mercado enorme para o mundo.

A meta está rapidamente se aproximando, e só será realizada se funcionários de todos os níveis puderem unir suas ideias com as da liderança central e agirem conforme as "Quatro Abrangentes" propostas por Xi: construir uma sociedade modestamente próspera em todos os aspectos, aprofundar a reforma em todos os sentidos, promover o Estado de Direito e reforçar a governança estrita do Partido.

Nas "duas sessões" da legislatura nacional e do órgão consultivo político nacional realizadas neste mês em Beijing, Xi expressou sua confiança.

"Se juntarmos a sabedoria e a força dos mais de 1,3 bilhão de chineses, não haverá limite para o sucesso da nossa causa," disse ele.

NOVOS PENSAMENTOS, NOVAS AÇÕES

De um jovem chefe de uma aldeia sofrendo com a pobreza no noroeste da China, chefe do Partido nas regiões desenvolvidas no leste do país, até líder da nação, Xi mostrou seu entendimento profundo sobre sua governança de Estado, reforma econômica e social, relações exteriores e transformação militar.

Na esfera econômica, a China logrou um crescimento notável sob sua liderança em meio à desaceleração da economia global. O país contribui hoje para mais de 30% do crescimento econômico mundial.

Xi chama a atual fase a "nova normalidade", da qual uma economia mais sustentável e inclusiva está surgindo.

Para garantir o sucesso deste reequilíbrio, ele impulsionou a reforma estrutural no lado da oferta como o ponto mais importante.

Fundamentalmente diferente da economia no lado da oferta do Ocidente, a política de Xi significa uma atitude dura contra as indústrias obsoletas e ineficientes e substituição delas com sistemas de trabalho e produção novos e inovadores, que não destruirão o meio ambiente nem cederão à próxima crise financeira global.

A China espera aumentar seu PIB em cerca de 6,5% este ano. Neste sentido, a nação gerará mais produtividade em relação aos dias de crescimento de dois dígitos.

Xi é a roda do caminhão da reforma, revitalizando e renovando quase todos os aspectos da economia e sociedade, do setor financeiro até o serviço de saúde. Mudar a vida de centenas de milhões de pessoas significa o abandono do que não é mais relevante, incluindo a política do filho único e a reeducação por meio do trabalho, que se aplicou por meio século aos infratores cujo delito não era suficientemente grave para irem a julgamento, permitindo a detenção de até quatro anos sem necessidade de processo judicial aberto.

Xi enfatiza o Estado de Direito e a vigilância do poder, como visto em sua decisão de criar uma comissão de supervisão nacional. Os legisladores estão compilando um código civil para proteger melhor os direitos do povo.

Sua campanha contra a corrupção, uma ameaça que, segundo ele, poderia destruir o Partido e provocar a queda do Estado, ganhou êxitos significantes. Desde o 18º Congresso Nacional do PCC, pelo menos 240 funcionários de alto escalão e mais de um milhão de funcionários de níveis inferiores foram investigados.

Como empresários, turistas e estudantes chineses atingem quase todos os cantos do mundo, Xi trata a China não só como um beneficiário da globalização, mas também como um contribuidor para ela. Ele visitou quase 50 países como chefe de Estado, procurando construir "uma comunidade de destino comum".

Sua forte defesa do livre comércio e advertências contra o protecionismo -- "se fechar em um espaço escuro" -- surpreendeu e encantou os observadores.

Atualmente os laços comerciais China-EUA "sustentam aproximadamente 2,6 milhões de empregos nos Estados Unidos em uma série de indústrias", segundo um relatório divulgado em janeiro pelos Conselho Comercial EUA-China sediado em Washington.

A Iniciativa do Cinturão e Rota proposta por Xi em 2013 tenta conectar a Ásia com a Europa e a África. Em três anos, as empresas chinesas ajudaram a construir 56 zonas de cooperação econômica e comercial em 20 países ao longo do Cinturão e Rota, com o investimento total ultrapassando US$ 18 bilhões. Elas ajudaram a gerar mais de US$ 1 bilhão em receita tributária e criar mais de 160 mil empregos para os países de destino.

O compromisso da China para a Acordo de Paris sobre a mudança climática é confortante e inabalável. (Continua)

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