China é capaz de garantir estabilidade do mercado imobiliário, promete ministro da habitação
Beijing, 24 fev (Xinhua) -- O governo chinês é capaz de manter a estabilidade do mercado imobiliário, anunciou na quinta-feira o ministro da Habitação e do Desenvolvimento Urbano e Rural, Chen Zhenggao.
"Apesar de problemas e incertezas, há mais condições favoráveis. Temos capacidade de manter o desenvolvimento estável e saudável do mercado de imóveis este ano", disse Chen em uma entrevista coletiva.
O ministro fez a declaração em meio a sinais de estabilização do setor imobiliário na China, que registrou flutuações nos últimos anos.
Entre as 70 grandes e médias cidades analisadas, 45 registraram altas mensais nos preços de novas residências em janeiro, menos que as 46 em dezembro e 55 em novembro, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).
Em Beijing, o preço das novas residências se mantiveram iguais ante o mês anterior, enquanto em Shanghai diminuíram 0,1%. Os preços de imóveis em Shenzhen, metrópole no sul perto de Hong Kong, caíram 0,5%.
"A força de altas excessivas dos preços dos imóveis foi controlada, mostrando os resultados primários de políticas reguladoras", assinalou Chen.
As vendas de moradias na China cresceram no ano passado, já que o alívio da política progressiva estimulou a aquisição de moradias em Beijing, Shanghai, Shenzhen e outras cidades de primeiro nível.
Apesar do leve esfriamento no quatro trimestre, as vendas de casas na China cresceram 36,1% para 9,9 trilhões de yuans (US$ 1,44 trilhão) no ano passado, com os preços subindo. Os compradores de moradias puderam obter facilmente hipoteca e os bancos foram generosos na hora de financiar as incorporadoras imobiliárias.
Conscientes dos crescentes riscos, desde outubro passado, dezenas de cidades chinesas anunciaram as medidas, incluindo limites de compra e restrições mais rigorosas sobre empréstimos para compra de imóveis, com o objetivo de evitar maiores altas nos preços.
As autoridades centrais também tomaram medidas para limitar o fluxo de crédito na compra especulativa e aumentar o fornecimento de terra para moradia residencial. Um mecanismo de longo prazo com o objetivo de reduzir bolhas imobiliárias e prevenir grandes flutuações de mercado foi proposto na conferência de trabalho econômico em dezembro de 2016.
Com os esforços continuados para esfriar o mercado, os preços das moradias poderiam continuar estabilizando-se no primeiro trimestre, indicou Chen.
Esta rodada de restrições e outras medidas vieram após dois anos de política progressiva que estimulou a compra de moradias em Beijing, Shanghai, Shenzhen e outras cidades de primeira linha. Entretanto, incorporadoras em muitas pequenas cidades ainda estão lutando contra os imóveis não vendidos.
A China continuará impulsionando a urbanização como um método principal para diminuir os enormes estoques de casas sem vender nas zonas menos desenvolvidas, incluindo políticas favoráveis para os residentes rurais que queiram adquirir uma moradia e assentar-se nas cidades, acrescentou Chen.
Os proprietários de casas de pobres condições serão alentados a comprar existentes moradias em vez de construir novas, e o mercado de aluguel verá um maior apoio do governo, segundo o ministro.
Apesar de ainda estar nos altos níveis, as casas não vendidas do país caíram 11% anualmente para 403 milhões de metros quadrados no final de 2016, mostraram os dados do Departamento Nacional de Estatísticas.