Cientistas descobrem 7 planetas com tamanhos parecidos ao da Terra em torno de estrela próxima

2017-02-23 13:04:15丨portuguese.xinhuanet.com

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Gráfico cedido pela Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA, por sua sigla em inglês) dos Estados Unidos da América em 22 de fevereiro de 2017, dos conceitos artísticos dos sete planetas do sistema Trappist-1 com seus períodos orbitais, distância de sua estrela, raios e massa em comparação com aquelas da terra (acima) e os mesmos dados para os corpos em nosso sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte (abaixo). Um conjunto de exoplantas análogo a nosso sistema solar interior foi descoberto a 40 anos luz de distância, a NASA anunciou na quarta-feira durante uma conferência de imprensa. Uma equipe internacional de astrônomos usou poderosos telescópios espaciais e observatórios terrestres para descobrir o primeiro sistema conhecido de sete planetas do tamanho da Terra orbitando ao redor de uma única estrela. O sistema de exoplanetas "Trappist-1" fica relativamente perto, na constelação de Aquarius. Três destes planetas ficam dentro da zona habitável, a área ao redor de uma estrela matriz em que um planeta rochoso pode conter água líquida. (Xinhua/NASA/JPL-Caltech)

Los Angeles, 22 fev (Xinhua) -- Foi descoberto um análogo compacto do nosso sistema solar interno a cerca de 40 anos-luz de distância, anunciou a estação espacial norte-americana NASA em conferência de imprensa na quarta-feira.

"A descoberta nos dá uma dica de que encontrar uma segunda terra não é apenas uma questão de se, mas quando," disse Thomas Zurbuchen, Administrador Associado da Direção da Missão Científica.

Ao usar poderosos telescópios espaciais e observatórios terrestres, uma equipe internacional de astrônomos descobriu o primeiro sistema conhecido de, na verdade, sete planetas do tamanho da Terra orbitando próximo a TRAPPIST-1, que é relativamente próxima a nós, na constelação Aquarius.

"Em torno de uma estrela próxima, fria e pequena, encontramos 7 planetas rochosos do tamanho da Terra, que poderiam ter água líquida - chave para a vida como a conhecemos," publicou a NASA no Twitter.

Três desses planetas estão firmemente localizados na zona habitável, a área em torno da estrela pai, onde é mais provável que tenha água líquida e rochas.

A descoberta estabelece um novo recorde para o maior número de planetas habitáveis encontrados em torno de uma única estrela fora do nosso sistema solar, de acordo com a NASA.

"Com a descoberta, fizemos um gigantesco salto na busca por mundos habitáveis e vida em outros mundos", disse Sara Seager, professora de Ciência Planetária e Física do MIT. "Potencialmente porque não apenas um planeta, mas vários," acrescentou.

Os novos resultados foram publicados quarta-feira na revista Nature, e anunciados em uma entrevista coletiva na sede da NASA em Washington.

"As sete maravilhas do TRAPPIST-1 são os primeiros planetas do tamanho da Terra que foram encontrados orbitando este tipo de estrela," disse Michael Gillon, principal autor do estudo e investigador principal do estudo TRAPPIST sobre exoplanetas na Universidade de Liege, Bélgica.

O TRAPPIST-1, classificado como um planeta anão e ultrafrio, é o novo tópico quente na astronomia e na busca de vida fora do nosso sistema solar. Em contraste com o nosso sol, o anão é tão frio que a água líquida poderia sobreviver em planetas orbitando muito perto dele, mais perto do que é possível em planetas em nosso sistema solar.

Em maio de 2016, os astrônomos anunciaram a descoberta de três planetas no sistema, mas mesmo assim eles suspeitaram que poderia haver mais alguns.

Assistido por vários telescópios terrestres, incluindo o Very Large Telescope do European Southern Observatory, o telescópio espacial Spitzer da NASA confirmou a existência de dois desses planetas e descobriu outros cinco, aumentando para sete o número de planetas conhecidos no sistema.

Usando dados de Spitzer, a equipe de pesquisa precisamente mediu os tamanhos dos sete planetas e desenvolveu as primeiras estimativas das massas de seis deles, permitindo que sua densidade seja estimada. Com base em suas densidades, todos os planetas do sistema provavelmente serão rochosos.

"Procurando a vida em outro lugar, este sistema é provavelmente a nossa melhor aposta de hoje," disse Brice-Olivier Demory, professor do Centro para Espaço e Habitabilidade da Universidade de Berna e um dos autores do documento Nature.

Exoplanetas terrestres orbitando estrelas anãs são mais fáceis de observar do que planetas gêmeos da Terra em torno de estrelas do tipo solar, de acordo com o novo estudo. 

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