China realiza 3º dia nacional em memória às vítimas da guerra
Uma cerimônia nacional para lembrar o Dia Nacional Comemorativo das Vítimas do Massacre de Nanjing, foi realizada no Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing por Invasores Japoneses, em Nanjing, na província de Jiangsu, no leste da China, em 13 de dezembro de 2016. (Xinhua/Han Yuqing)
Nanjing, 13 dez (Xinhua) -- Pelo terceiro ano, o dia nacional lembrou em Nanjing nesta terça-feira as centenas de milhares de vítimas assassinadas durante a invasão japonesa há quase oito décadas nesta cidade no leste da China.
Em 13 de dezembro de 1937, Nanjing, capital chinesa durante seis dinastias, caiu nas mãos dos invasores japoneses, que mataram civis durante mais de um mês. Cerca de 300 mil chineses foram mortos, e 20 mil mulheres, estupradas.
O Massacre de Nanjing deixou uma cicatriz psicológica profunda nos chineses por gerações.
Na manhã desta terça-feira, em meio ao vento frio e chuvisco, mais de 8 mil pessoas se reuniram na praça em frente do Salão Memorial para as Vítimas do Massacre de Nanjing, em Nanjing, capital da Província de Jiangsu. Os presentes estavam de preto, com flores brancas na lapela.
Sirenes soaram por um minuto na cidade. Pombas foram soltas e carros e pedestres pararam para lamentar os falecidos em silêncio. A cerimônia foi transmitida ao vivo nos locais públicos de Nanjing, incluindo as estações do metrô, onde os trabalhadores pararam e assistiram.
Os motoristas buzinaram em uma rua comercial para responder à sirene. Um deles, um homem de 36 anos de sobrenome Xu, apontou para uma tela eletrônica no lado da rua com o slogan "Vitória para Justiça, Vitória para Povo, Vitória para Paz", dizendo "isto é nossa aspiração comum".
Entre os participantes estavam diversos sobreviventes da guerra com mais de 80 anos de idade.
O Massacre de Nanjing é visto na China como o nadir de uma era em que foi tiranizada e humilhada por potências estrangeiras. Em fevereiro de 2014, o mais alto órgão legislativo da China designou 13 de dezembro como o dia memorial nacional.
"Sem um forte exército e um Estado poderoso, os chineses nunca poderiam se levantar e ficar em pé", disse Shi Jianwei, um aposentado de Nanjing que participou da cerimônia. "Nós devemos transformar as lições de humilhação em um motivo para o rejuvenescimento da nação."
