Rio de Janeiro, 12 dez (Xinhua) -- O governo brasileiro comemorou nesta sexta-feira como uma vitória a decisão dos Estados Unidos de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seus familiares da lista de sanções da Lei Magnitsky.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, observou que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, levantou a questão em suas conversas com seu colega americano, Donald Trump.

O Departamento do Tesouro dos EUA suspendeu na sexta-feira as sanções contra o juiz, relator no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por seu papel em uma tentativa de golpe, que resultou em uma sentença de mais de 27 anos de prisão.

Alexandre de Moraes foi sancionado em julho passado, e Washington adicionou sua esposa, Viviane Barci de Moraes, alguns meses depois. "O levantamento das sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes é uma grande vitória para o Brasil e para o presidente Lula. Foi Lula quem trouxe essa revogação à mesa de negociações com Donald Trump, em um diálogo digno e soberano", declarou Hoffmann nas redes sociais.

A ministra brasileira acrescentou que a decisão dos EUA "é uma grande derrota para a família de Jair Bolsonaro, traidores que conspiraram contra o Brasil e contra a justiça".

A Lei Magnitsky prevê medidas como o congelamento de contas bancárias, bens e empresas sob jurisdição dos EUA, além da proibição de entrada no país.

Ao justificar as sanções, o Departamento do Tesouro acusou Moraes de supostas violações da liberdade de expressão, "prisões arbitrárias" e politização do processo relacionado ao julgamento de Bolsonaro, além de ações contra plataformas de mídia social americanas.