(Multimídia) Memorial chinês coleta novas evidências do Massacre de Nanjing-Xinhua

(Multimídia) Memorial chinês coleta novas evidências do Massacre de Nanjing

2025-12-06 18:58:15丨portuguese.xinhuanet.com


Pessoas visitam o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing por Invasores Japoneses, em Nanjing, Província de Jiangsu, no leste da China, em 18 de setembro de 2025. (Foto por Du Yi/Xinhua)

   Nanjing, 6 dez (Xinhua) -- Um memorial no leste da China dedicado às vítimas do Massacre de Nanjing informou na sexta-feira que coletou neste ano 573 peças ou conjuntos de artefatos e materiais históricos, proporcionando novas evidências de crimes de guerra relacionados ao massacre perpetrado por tropas japonesas invasoras durante a Segunda Guerra Mundial.

   Entre os novos itens está uma carta de quatro páginas escrita a lápis e datada de 8 de janeiro de 1938, de um soldado japonês que descreveu as matanças em Nanjing em termos assustadoramente casuais, informou o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing por Invasores Japoneses em uma coletiva de imprensa.

   Na carta dirigida ao pai, o soldado relatou o que chamou de um píer de execução "muito interessante" em Nanjing, onde as tropas japonesas invasoras matavam soldados chineses derrotados ou feridos com facas e armas de fogo todos os dias e depois jogavam todos os corpos no rio Yangtzé.

   O memorial disse ter obtido a carta por meio de um pesquisador japonês.

   Ai Delin, diretor do departamento de patrimônio cultural do memorial, afirmou que a equipe verificou e confirmou a identidade do remetente, sua unidade militar, endereço residencial e registro de óbito, validando a autenticidade da carta.

   Wang Weixing, pesquisador da Academia de Ciências Sociais de Jiangsu, disse que o tom descontraído do soldado ao discutir as mortes e o descarte dos corpos revelava como algumas tropas japonesas consideravam o massacre uma experiência prazerosa, o que reflete a completa perda de humanidade dos invasores.

   Lu Zhaoning, um sino-americano nascido em Nanjing, fez muitas doações ao memorial, incluindo um lote de importantes materiais históricos doado este ano.

   Entre eles estão o jornal norte-americano The News & Observer, publicado em 18 de dezembro de 1937, que trouxe uma reportagem da Associated Press sobre as matanças em massa após a captura de Nanjing pelo Japão, e o jornal francês Excelsior, publicado em 8 de dezembro de 1937, que informou que a cidade tinha uma população de 1 milhão antes de cair.

   A reportagem do jornal francês ecoa o testemunho do cirurgião norte-americano Robert Wilson perante o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente em Tóquio após a rendição do Japão e apresenta uma refutação contundente às declarações errôneas das forças direitistas japonesas, afirmou Zhang Sheng, chefe da Sociedade de Pesquisa da História do Massacre de Nanjing por Invasores Japoneses.

   Wilson testemunhou que Nanjing tinha uma população de cerca de um milhão antes da guerra, mas que esse número caiu drasticamente para menos de 500 mil após a ocupação japonesa, disse Zhang.

   "As forças direitistas japonesas há muito negam o massacre alegando que a população de Nanjing era inferior a 300 mil", afirmou Zhang.

   Outros itens notáveis incluem arquivos sobre um médico militar matado durante a resistência da cidade, um grupo de fotos mostrando Nanjing após ter sido ocupada pelas tropas japonesas, uma revista norte-americana com quatro fotos documentando atrocidades japonesas e outra carta escrita por um soldado japonês.

   O Massacre de Nanjing ocorreu quando as tropas japonesas capturaram a então capital chinesa em 13 de dezembro de 1937. Ao longo de seis semanas, mataram aproximadamente 300 mil civis chineses e soldados desarmados, em um dos episódios mais bárbaros da Segunda Guerra Mundial.

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