
Beijing, 6 dez (Xinhua) -- O governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, e Taiwan é uma parte inalienável do território chinês, disse o secretário-geral da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), Nurlan Yermekbayev, em entrevista exclusiva por escrito à Xinhua.
Yermekbayev afirmou que os chefes de Estado dos membros da OCS fizeram essa afirmação em uma declaração após sua reunião histórica em São Petersburgo, em junho de 2002. Ele fez o comentário ao ser questionado sobre as declarações equivocadas da primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi sobre Taiwan e o perigoso sinal de que forças direitistas japonesas tentam reviver o militarismo.
Observando que este ano marca o 80º aniversário da vitória na Guerra Antifascista Mundial e da fundação das Nações Unidas, Yermekbayev disse que os líderes dos Estados-membros da OCS emitiram uma declaração a esse respeito em 1º de setembro, durante a Cúpula da OCS em Tianjin.
Ele citou a declaração afirmando que os massacres brutais demonstram que tolerar o nazismo, o fascismo e o militarismo, e incitar ódio, antagonismo e discriminação de cunho racial, étnico e religioso traz danos imensos, enquanto a vitória na Segunda Guerra Mundial foi resultado dos esforços conjuntos de todas as nações amantes da paz.
A declaração disse que ignorar as lições históricas está fadado a levar a graves consequências. Também disse que preservar e apresentar objetivamente a verdade histórica da vitória na Segunda Guerra Mundial é um pré-requisito essencial para evitar a repetição de tragédias semelhantes, salvaguardar a paz e a segurança e fortalecer a cooperação, segundo Yermekbayev.
A declaração disse que os Estados-membros compartilham uma responsabilidade comum tanto pelo passado quanto pelo futuro, ou seja, poupar as gerações futuras do flagelo da guerra e não poupar esforços para evitar que tais tragédias voltem a ocorrer, disse Yermekbayev.
Os líderes dos Estados-membros da OCS emitiram uma declaração durante a Cúpula de Tianjin, reafirmando seu pleno compromisso com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e da Carta da OCS, bem como com outros princípios e normas universalmente reconhecidos do direito internacional, incluindo respeito mútuo pela soberania nacional, independência e integridade territorial, bem como a não interferência nos assuntos internos uns dos outros, disse ele.

