Beijing, 21 jul (Xinhua) -- Em uma iniciativa estratégica para atender às demandas da emergente economia espacial de baixa altitude da China, seis renomadas universidades lançaram, conjuntamente, este ano, uma especialidade de graduação focada no setor. As matrículas estão previstas para começar no próximo outono, de acordo com uma reportagem publicada recentemente pelo jornal em inglês China Daily.

Aprovada pelo Ministério da Educação e incorporada em abril ao catálogo nacional de programas de graduação da China, a iniciativa representa um esforço nacional urgente para capacitar profissionais em uma indústria que deve superar 1,5 trilhão de yuans (US$ 207 bilhões) em 2025.

As seis instituições são a Universidade Beihang, o Instituto de Tecnologia da Beijing, a Universidade de Correios e Telecomunicações da Beijing, a Universidade de Aeronáutica e Astronáutica de Nanjing, a Universidade Tecnológica do Sul da China e a Universidade Politécnica do Noroeste.

Luo Mingqiang, vice-diretor da Faculdade de Ciências e Engenharia Aeronáuticas da Universidade Beihang, define a economia de baixa altitude como o conjunto de aeronaves que operam abaixo de 1.000 metros e suas atividades correlatas, cada vez mais integradas à vida cotidiana.

"No futuro, nossos deslocamentos diários, a entrega de pacotes ou até mesmo pedir um café estarão intimamente ligados à economia de baixa altitude", afirmou Luo, mencionando as aplicações já existentes, como a pulverização agrícola com drones, a inspeção de linhas de transmissão elétricas e a entrega de suprimentos médicos em zonas urbanas, tudo realizado com drones.

O lançamento coordenado da nova graduação segue a inclusão formal da "economia de baixa altitude" no relatório de trabalho do governo da China de 2024, assim como a criação de um departamento dedicado a este setor na Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Com a finalidade de facilitar uma resposta mais ágil às estratégias nacionais e atender às novas áreas prioritárias, o Ministério da Educação anunciou a implementação de um novo mecanismo que permite realizar ajustes rápidos ao catálogo de programas para alunos de graduação de 2025. A graduação especializada em ciência espacial de baixa altitude foi um deles.

A Administração de Aviação Civil da China prevê que o mercado nacional desta economia atingirá 1,5 trilhão de yuans este ano e se expandirá ainda mais até 3,5 trilhões de yuans para 2035. Este crescimento esperado intensificou a demanda por profissionais especializados.