Beijing, 12 jul (Xinhua) -- Mais de 600 participantes de todo o mundo estiveram na Reunião Ministerial do Diálogo das Civilizações Globais, realizada em Beijing na quinta e sexta-feira.

Sob o tema "Protegendo a Diversidade das Civilizações Humanas para a Paz e o Desenvolvimento do Mundo", participantes de sessões paralelas realizadas na sexta-feira enfatizaram a importância do aprendizado mútuo entre civilizações.

Eles destacaram que aproveitar a sabedoria das diferentes culturas pode ser um poderoso catalisador para a prosperidade compartilhada, bem como para promover a transmissão e a inovação culturais.

Roger T. Ames, professor tanto na Universidade do Havaí como na Universidade de Pequim, notou que o diálogo entre civilizações oferece uma alternativa à geopolítica centrada no estado-nação.

"Em vez de simplesmente tolerar outras culturas, deveríamos ativar nossas diferenças para causar um impacto positivo mútuo", disse ele.

Simon Lichtenberg, presidente fundador da Câmara de Comércio Dinamarca na China, sublinhou que entendimento e respeito mútuos são fundamentais para o desenvolvimento global. "As trocas internacionais e o desenvolvimento exigem que todos entendam e respeitem um ao outro", disse ele.

Perspectivas semelhantes ecoaram durante as visitas dos participantes a várias cidades da China no início desta semana. Singh Vikash Kumar, especialista em língua hindi da Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing, expressou admiração pelas Grutas de Mogao, um Patrimônio Mundial da UNESCO em Dunhuang, no noroeste da China.

"Esta é uma das histórias mais vitais e vibrantes da arte budista. Ver uma preservação tão completa e requintada na China é profundamente comovente", disse ele.

Momentos como esse destacam não apenas o legado duradouro das civilizações passadas, mas também a importância da transmissão e da inovação culturais no mundo interconectado de hoje - um tema que muitos especialistas continuaram a explorar durante as discussões do fórum.

Falando sobre a importância da herança cultural, Salim AlMalik, diretor-geral da Organização Islâmica para a Educação, a Ciência e a Cultura, descreveu a cultura como a identidade de uma nação e de seu povo.

"Não podemos compreender o presente, muito menos moldar o futuro, se não preservarmos nossa cultura, especialmente a do passado", disse ele à margem de uma sessão paralela sobre a transmissão e inovação da cultura.

Proteger o patrimônio cultural é essencial para preservar e transmitir a cultura, disse Su Bomin, reitor da Academia Dunhuang, pedindo maiores esforços para aprofundar a pesquisa e abraçar novas tecnologias.

"A transmissão cultural é a forma como prestamos homenagem a esses legados", disse Wong Foon Meng, ex-presidente do Senado da Malásia, acrescentando que as inovações mais poderosas geralmente surgem de um profundo envolvimento com o patrimônio cultural, reinterpretado de maneiras que ressoam entre as novas gerações. Fim