Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), concedeu entrevista coletiva, no Rio de Janeiro, durante o 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores da instituição e destacou as principais atividades do banco. A presidente anunciou a entrada de novos países membros ao NDB e reforçou o caráter horizontal da governança do banco.
SOUNDBITE -- Dilma Rousseff - Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento:
"Quais são as prioridades do NDB? Avançar a expansão do número de novos membros de maneira estratégica. Nossa disposição para aceitar vários novos membros que integrarão o banco. Segundo: ampliar o financiamento e a captação de recursos em moedas locais. O banco também ampliará o apoio à inclusão social, com investimentos em hospitais, inteligência, educação, habitação, água e saneamento."
Dilma afirmou ainda que o NDB seguirá focado em suas prioridades estratégicas, como o financiamento em moedas locais e investimentos sustentáveis.
SOUNDBITE -- Dilma Rousseff - Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento:
"Nós temos por objetivo prioritário o apoio à ação climática, à transição energética, à ética e à resiliência urbana. Agora, um dos principais objetivos para nós é preservar indicadores robustos de risco e operações, garantindo que a estrutura de capital, os padrões de governança e os controles internos do banco permaneçam plenamente alinhados com seu mandato de desenvolvimento e solidez financeira de longo prazo. E, finalmente, aproveite a tecnologia, incluindo a inteligência artificial".
Dilma destacou, ainda, que o NDB é um banco voltado aos interesses do Sul Global.
"Somos um banco que foi feito pelo Sul Global para o Sul Global. Então nós controlamos, o Sul global controla o banco. Nenhum país pode decidir o que o banco faz ou se decide por consenso ou não quando se trata de questões estratégicas do banco. No dia-a-dia, é decidido por maioria qualificada".
A presidente também acrescentou: "Há uma característica do banco que considero muito importante. Damos prioridade às questões que são essenciais e prioritárias para os países membros. Somos impulsionados pela demanda. A demanda cria o que fazemos. Não posso condicionar o financiamento a quaisquer critérios que não respeitem a soberania e a prioridade dos programas específicos por cada país."

