Foto tirada com celular em 8 de maio de 2025 mostra visitantes no estande da LONGi Green Energy Technology Co., Ltd. durante a feira Intersolar Europe 2025 em Munique, Alemanha. (Xinhua/Huang Yan)
Uma cooperação verde mais estreita entre a China e a Europa é essencial para enfrentar os desafios climáticos globais e impulsionar a recuperação econômica, afirmaram líderes empresariais e analistas noruegueses.
Oslo, 3 jul (Xinhua) -- Uma cooperação verde mais estreita entre a China e a Europa é essencial para enfrentar os desafios climáticos globais e impulsionar a recuperação econômica, afirmaram líderes empresariais e analistas noruegueses, incentivando um diálogo mais profundo e colaboração prática em setores-chave, como governança climática, transporte marítimo sustentável e inovação digital.
Em meio aos crescentes desafios ambientais globais, China e Europa estão avançando com uma cooperação mais forte em desenvolvimento sustentável e transição verde, criando impulso em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para 2030.
Essa parceria está tomando forma em diversos setores, com iniciativas conjuntas em implantação de energia limpa, inovação tecnológica e desenvolvimento de infraestrutura que já estão acelerando a resiliência regional e apoiando as ambições climáticas globais.
Carl Fey, professor de estratégia na Escola de Negócios BI Norwegian, disse à Xinhua que a China e a UE compartilham amplos interesses comuns em governança climática, transição verde e desenvolvimento digital.
Ele acredita que os dois lados podem se complementar fortemente.
"Europa e China querem um mundo pacífico e aberto", disse Fey. "Especialização e colaboração são as melhores formas de impulsionar a tecnologia".
A expertise da Noruega em plataformas offshore e captura de carbono, juntamente com a liderança da China em energia eólica e construção naval, apresenta oportunidades significativas de cooperação, disse ele, acrescentando que construir confiança mútua e avançar em acordos como o Acordo Abrangente de Investimento China-UE liberaria ainda mais o potencial de cooperação.
Observando que o mundo caminha para a multipolaridade, Erik Solheim, ex-subsecretário-geral das Nações Unidas, afirmou que a China e a Europa devem assumir a liderança na construção de uma ordem internacional baseada em regras que beneficie a todos.
"Há muito mais coisas que nos unem do que nos separam", disse Solheim à Xinhua. "A Europa deveria acolher mais investimentos verdes chineses em áreas como baterias elétricas, veículos elétricos, energia solar e eólica. Quando os interesses comerciais divergem, a abertura mútua deve vir em primeiro lugar, não o protecionismo".
Knut Arild Hareide, CEO da Associação Norueguesa de Armadores, destacou o papel fundamental que o transporte marítimo desempenhou na globalização e no desenvolvimento sustentável, alertando contra o aumento das tensões geopolíticas e tendências protecionistas.
"Os estaleiros chineses estão produzindo algumas das embarcações mais avançadas do mundo atualmente. Nossos membros valorizam muito essa colaboração", disse Hareide.
Líderes empresariais noruegueses também destacaram a liderança da China em inovação no transporte marítimo sustentável.
"É extremamente inspirador ver novas iniciativas da China em áreas como propulsão assistida por vento, captura de carbono, hibridização de baterias e digitalização", disse Sidsel Norvik, diretor da Nor-Shipping, uma das principais feiras de comércio marítimo do mundo.
Cristina Saenz de Santa Maria, diretora de operações da DNV Maritime, enfatizou que atingir emissões líquidas zero no transporte marítimo até 2050 é uma meta global que exige estreita cooperação internacional. "A China é líder global na construção naval e será um parceiro fundamental nessa transição", afirmou ela.
Tronstad Sagebakken, secretário de Estado do Ministério do Comércio, Indústria e Pesca da Noruega, enfatizou a cooperação de longa data entre a China e a Noruega nas indústrias oceânicas e na transição verde.
"Para resolver os grandes desafios do nosso tempo e acelerar a transição verde, precisamos trabalhar juntos", disse Sagebakken. "A experiência norueguesa em transporte marítimo verde, combinada com fortes atores da indústria chinesa, gera uma parceria frutífera".
