(Multimídia) Cooperação China-Moçambique dá frutos após 50 anos de laços diplomáticos -Xinhua

(Multimídia) Cooperação China-Moçambique dá frutos após 50 anos de laços diplomáticos

2025-06-27 17:24:15丨portuguese.xinhuanet.com
A Ponte da Baía de Maputo, em Maputo, Moçambique, em 30 de agosto de 2023. (Xinhua/Yao Jinhong)

   Maputo, 27 jun (Xinhua) -- Ao longo dos 50 anos desde o estabelecimento de seus laços diplomáticos, a China e Moçambique têm forjado uma parceria forte e confiável, enraizada na confiança e no apoio mútuos. A cooperação vem trazendo melhorias para o desenvolvimento local e os meios de subsistência das pessoas.

   Para Silva Jacinto Magaia, uma das pessoas que construíram a Ponte Maputo-Katembe, o projecto tem um profundo significado pessoal. Concluída em 2018, a ponte tem melhorado drasticamente o fluxo de tráfego e fortalecido as conexões entre famílias e comunidades.

   "Antes da ponte, tínhamos que esperar cinco ou seis horas para cruzar a baía em duas balsas antigas. Foi lento, inseguro e frustrante. Agora podemos atravessar em cinco a dez minutos. A ponte mudou tudo", disse ele.

   A ponte é um dos muitos projetos de infraestrutura importantes construídos por empresas chinesas em Moçambique. A China ajudou a construir a Estrada Circular de Maputo, atualizar as redes móveis e construir pontos de referência, incluindo o Estádio Nacional, o Aeroporto de Xai-Xai e o Centro Cultural Moçambique-China, que têm desempenhado um papel crucial no crescimento econômico de Moçambique e na melhoria do serviço público.

   "Consigo levar eletricidade e água corrente para minha casa, colocar portas e janelas de vidro e comprar roupas novas para meus filhos", disse Angelica Mavie, agricultora que trabalha com a fazenda de arroz Wanbao desde 2018. Mavie disse que o projeto é um fator de mudança de vida, com o seu rendimento anual alcançando 130.000 meticais moçambicanos (cerca de US$ 2.054).

   Localizada em Xai-Xai, Província de Gaza, a fazenda de arroz Wanbao, apoiada pelo Fundo de Desenvolvimento China-África, cobre 20.000 hectares e atualmente trabalha com 353 famílias de agricultores locais. O rendimento médio do arroz tem aumentado de 1-2 toneladas por hectare para 5-7 toneladas, enquanto a eficiência do uso da terra tem melhorado dez vezes.

   Até agora, a China enviou quatro equipes de especialistas agrícolas para Moçambique, oferecendo formação prática e orientação técnica.

   Na Matola, Carla Mariza Esculudes vem trabalhando com especialistas chineses há mais de um ano, usando estirpes de cogumelos de alta qualidade e Juncao, uma tecnologia desenvolvida na China que usa erva especialmente cultivada para cultivar cogumelos comestíveis.

   "Os cogumelos crescem sete dias mais rápido e os rendimentos aumentaram mais de 30%. Com esses resultados, estou confiante em expandir a produção", disse ela.

   Otilia Tomo, especialista do Instituto de Pesquisa Agrária de Moçambique, disse que pesquisadores e estudantes foram enviados à China para treinamento. "A tecnologia agrícola chinesa está causando um impacto real no campo", disse ela.

   "Dos serviços clínicos à colaboração em pesquisa e treinamento de pessoal, as equipes médicas da China têm sempre sido parceiras confiáveis", disse Mouzinho Saide, diretor-geral do Hospital Central de Maputo, acrescentando que quase 50 anos de cooperação elevaram seus padrões médicos e aprofundaram a amizade entre os dois povos.

   De acordo com Ma Litai, chefe da 25ª equipe médica chinesa em Moçambique, a China tem enviado 25 equipes desde 1976, oferecendo serviços ambulatórios, cirurgia, consultas médicas gratuitas, formação e telemedicina.

   Em 2024, o navio-hospital chinês Peace Ark visitou Moçambique, prestando assistência médica gratuita a mais de 7.000 pessoas, e a China também ajudará a construir um centro cirúrgico nacional em Maputo, disse Ma.

   No setor da educação e cultura, o Instituto Confúcio da Universidade Eduardo Mondlane tem treinado mais de 8.000 alunos de língua chinesa desde a sua criação em 2012.

   "Oferecemos não apenas cursos de idiomas, mas também habilidades vocacionais como interpretação, revisão e chinês administrativo. Muitos moradores agora estão qualificados para empregos em serviços de língua chinesa", disse Yassine Chicombe, diretor moçambicano do instituto.

   "A China tem sido um dos nossos parceiros mais valiosos, seja na formação de talentos, na pesquisa acadêmica ou na capacitação, especialmente à medida que entramos em campos emergentes da tecnologia", disse Manuel Guilherme Junior, reitor da Universidade Eduardo Mondlane.

Um agricultor colhe arroz na fazenda de arroz Wanbao na cidade de Xai-Xai, na Província de Gaza, Moçambique, em 30 de abril de 2025. (Foto de Mendes Mondlane/Xinhua)
Um membro da 25ª equipe médica chinesa em Moçambique oferece serviços médicos gratuitos a uma moça local em Maputo, Moçambique, em 12 de junho de 2025. (Foto de Mendes Mondlane/Xinhua)

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