Empresário mostra equipamentos fotovoltaicos em frente à sua loja em Buea, Região Sudoeste, Camarões, no dia 17 de junho de 2025. (Foto por Muleng Timngum/Xinhua)

Por Arison Tamfu e Wang Ze

Yaoundé, 18 jun (Xinhua) -- A falta de energia elétrica era um problema antigo para Emmanuel Tabe, morador de Buea, capital da Região Sudoeste de Camarões.

"Às vezes, ficávamos sem energia por duas ou três semanas. A geladeira não funcionava. A comida estragava todos os dias e meus filhos não conseguiam estudar à noite", disse o pai de quatro filhos, de 44 anos.

Mas isso mudou graças aos produtos solares da China.

Hoje em dia, postes de luz alimentados por sistemas solares são comuns em Buea, onde Tabe é carinhosamente conhecido como "o homem solar da China".

Há cerca de oito anos, ele aprendeu sobre produtos solares e começou a viajar para a China para comprá-los e vendê-los para moradores de Camarões.

Agora sua família depende da energia solar para iluminação, cozinha e ar-condicionado. "Uma grande vantagem é que temos energia o dia todo", disse Tabe.

Em seu armazém residencial, painéis solares, baterias e inversores são todos fabricados na China. "A maioria dos produtos solares em Camarões vem da China", disse ele. "Eles vão durar muito se forem usados corretamente".

"Os preços são muito acessíveis. Instalar energia solar não é caro", disse Tabe.

Dickson Njamshi, que também comercializa produtos solares em Buea, disse que agora as pessoas se sentem muito mais seguras à noite, com postes funcionando.

"As pessoas tinham medo de sair à noite por causa da escuridão. Agora, elas saem à noite e a economia noturna também está crescendo", disse ele.

"A energia solar trouxe vida a Buea, e acho que está melhorando", disse o homem de 33 anos, cuja loja fica a poucos metros da Tabe's.

Marie Njie, que veio comprar uma bateria solar na loja de Njamshi, disse que os produtos solares da China facilitaram muito a vida.

"Eu bombeio água e cozinho usando energia solar. É muito fácil e acessível. Não preciso mais esperar pela eletricidade", disse ela.

Outra pessoa, Dieudonne Mbah, 28 anos, concordou: "Desde a chegada dos painéis solares, temos energia ininterrupta dia e noite. As crianças agora estudam à noite e tudo é muito tranquilo".

Na capital, Yaoundé, a Wilmosolar se orgulha de ser uma das maiores empresas de engenharia solar de Camarões.

A empresa importa de dois a quatro contêineres de produtos solares da China por ano, afirmou Arnaud Igor Tchokote, diretor de marketing da Wilmosolar.

"A China é líder na produção de painéis solares fotovoltaicos. Ao importar da China, fazemos isso a um custo menor em comparação com a importação da Europa ou da América", afirmou ele. "A China nos fornece painéis de boa qualidade a um custo menor".

A introdução de produtos solares da China inaugurou uma era de ouro no fornecimento regular de eletricidade, impulsionando significativamente a busca de Camarões por aumentar a produção de eletricidade e impulsionar a industrialização, afirmou Tchokote.

"Há mais de três anos, havia menos de 100 empresas operando no setor fotovoltaico. Hoje, são mais de 200, e essas 200 empresas empregam jovens camaroneses, que também contribuem para o crescimento da economia, ao mesmo tempo em que preenchem a lacuna do déficit energético do país", afirmou ele.

"Isso é um ponto positivo para nós. Contribui tanto econômica quanto socialmente", afirmou Tchokote. "A China é a principal fornecedora de todos os equipamentos. É uma vantagem abordar a China e é benéfico para ambas as partes".

Tabe afirmou que a demanda por eletricidade continuará aumentando em Camarões e que a energia limpa desempenhará um papel essencial no processo de industrialização do país.

De acordo com o Ministério de Águas e Energia, Camarões pretende expandir sua capacidade solar para 250 megawatts até 2030.

Foto tirada em 17 de junho de 2025 mostra iluminação pública solar em Buea, Região Sudoeste de Camarões. (Foto por Muleng Timngum/Xinhua)

Arnaud Igor Tchokote, diretor de marketing da Wilmosolar, mostra equipamentos de armazenamento de energia fotovoltaica importados da China em Yaoundé, Camarões, no dia 9 de junho de 2025. (Xinhua/Kepseu)

Arnaud Igor Tchokote, diretor de marketing da Wilmosolar, mostra painéis solares importados da China em Yaoundé, Camarões, no dia 9 de junho de 2025. (Xinhua/Kepseu)