Shijiazhuang, 18 jun (Xinhua) -- "Como vocês avançam de forma ordenada na revitalização rural?", "Como gerar um senso de unidade entre os moradores?", "O que a América Latina pode aprender com o modelo chinês de revitalização rural?"
Na aldeia de Tayuanzhuang, no distrito de Zhengding, na cidade de Shijiazhuang, capital da Província de Hebei, no norte da China, vários acadêmicos latino-americanos fizeram perguntas inúmeras a Yin Xiaoping, secretário do Partido Comunista da China na aldeia, e ficaram muito curiosos sobre como aldeias, como Tayuanzhuang, conseguiram encontrar um caminho para a revitalização em tão pouco tempo.
De 11 a 15 de junho, 19 jovens acadêmicos provenientes de think tanks de alto nível de países latino-americanos, incluindo Cuba, Brasil e México, visitaram diversas localidades de Hebei, como Shijiazhuang, Nova Área de Xiong'an e Baoding, para experimentar a implementação da modernização chinesa nessa região.
Os acadêmicos elogiaram as conquistas da China em áreas como revitalização rural, construção urbana e desenvolvimento ecológico, e expressaram grandes expectativas por uma cooperação futura entre a China e os países latino-americanos.
Tayuanzhuang era uma aldeia pobre. Nos últimos anos, ela aproveitou sua localização para desenvolver uma economia semiurbana, avançando constantemente na industrialização agrícola, na comercialização do cuidado de idosos e na regulamentação do turismo. Em 2024, a renda coletiva da aldeia atingiu 32 milhões de yuans (US$ 4,4 milhões), e a renda per capita dos moradores foi de 35 mil yuans.
O boom das indústrias rurais não só enriqueceu os residentes, mas também reforçou seu senso de pertencimento e colaboração. Desde 2013, todos os moradores de Tayuanzhuang tiraram uma foto em grupo a cada três anos para comemorar sua vida próspera.
Diante de uma dessas fotos, no museu de história da aldeia, Leonel Caraballo, vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do Instituto Superior de Relações Internacionais de Cuba, disse que também queria fazer parte de Tayuanzhuang. Para ele, essa visita foi uma experiência inestimável para aprender em primeira mão sobre a revitalização rural na China.
No centro de operações da Estação Interurbana de Xiong'an, os acadêmicos latino-americanos ficaram impressionados com o dinamismo da construção urbana. Muitos deles usaram telefones para registrar o desenvolvimento desta "cidade do futuro".
A acadêmica colombiana Carolina Zapata comentou que as conquistas da Nova Área de Xiong'an merecem maior atenção global. "Estou fazendo um vlog e quero mostrar para minha família para que também possa sentir a beleza da China e a transformação em Xiong'an, que busca sempre o bem-estar de seus habitantes", acrescentou.
O que Zapata experimentou durante a visita renovou completamente sua percepção. No Parque Industrial da Cidade Inteligente da China Telecom, ela assistiu como os trabalhadores operavam drones remotamente para inspecionar as instalações e testemunhou a aplicação de tecnologias como big data, Internet das Coisas e inteligência artificial em áreas como o tráfego urbano.
Para Zapata, Xiong'an não é apenas uma cidade inteligente. A grande capacidade organizacional, a coordenação entre diversos setores e o planejamento em torno da sustentabilidade permitiram que Xiong'an formasse um sistema urbano sólido, disse ela.
Durante a viagem a Hebei, os acadêmicos não apenas reconheceram as conquistas da China no desenvolvimento industrial e na melhoria do nível de vida, mas também prestaram atenção especial à sua transição para um modelo econômico mais ecológico.
Rubén García, um acadêmico boliviano que se concentra há anos em questões ambientais, especialmente na proteção de árvores, tocou com emoção uma árvore de mais de 600 anos e descreveu a experiência como "impressionante". "A China tem um cuidado importante com o meio ambiente, e isso é algo que eu valorizo muito", afirmou ele.
No centro técnico da Haval, uma marca da montadora Great Wall Motors (GWM), na cidade de Baoding, os acadêmicos ficaram atraídos pelos veículos elétricos, e vários deles os testaram. Após perceber a inovação da empresa em novas energias e inteligência, o jovem acadêmico brasileiro Lizandro Lui comentou que a China está fazendo um ótimo trabalho no desenvolvimento verde.
Lui ressaltou que, diante do aquecimento global e do esgotamento dos combustíveis fósseis, o desenvolvimento ecológico é uma necessidade global, e a popularidade dos veículos elétricos na China é um exemplo típico de sua prática.
Seja no desenvolvimento e aplicação das tecnologias de nova energia, seja na promoção da ampla participação da proteção ambiental e da redução do consumo de energia, a China acumulou uma experiência muito valiosa que merece ser estudada pelos países latino-americanos, de acordo com Lui.

