Beijing, 6 jun (Xinhua) -- A China pediu aos Estados Unidos que abandonem seu uso generalizado e excessivo do conceito de segurança nacional e colaborem com todas as partes na manutenção de um sistema de comércio multilateral baseado em regras, disse o Ministério do Comércio na quinta-feira.

Em uma coletiva de imprensa regular, He Yongqian, porta-voz do ministério, fez as observações quando solicitada a comentar a decisão dos EUA de aumentar as tarifas sobre aço, alumínio e seus produtos derivados importados de 25% para 50%.

Ela afirmou que tais medidas dos EUA não apenas prejudicam os outros e a si mesmos, mas também prejudicarão gravemente a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.

Os Estados Unidos devem abandonar a mentalidade de soma zero, abordar as respectivas preocupações por meio de um diálogo igualitário e, em conjunto, manter a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, afirmou He.

Ao comentar sobre as novas restrições à China impostas pelos Estados Unidos após as negociações econômicas e comerciais entre China e EUA em Genebra em maio, a porta-voz disse que a China cumpriu seriamente suas obrigações e manteve o consenso alcançado nas negociações.

No entanto, os Estados Unidos impuseram uma série de novas restrições à China, minando flagrantemente o consenso e prejudicando gravemente os direitos e interesses legítimos da China, observou He, acrescentando que a China expressa forte insatisfação e firme oposição a isso, e exige que o lado dos EUA pare imediatamente.

"Se os Estados Unidos persistirem, a China tomará medidas resolutamente eficazes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos", disse He.

A porta-voz também enfatizou que a posição da China contra as tarifas da Seção 301 dos EUA é clara e consistente, observando que os custos dessas tarifas recaem, em última análise, sobre as empresas e os consumidores americanos.

A China pede aos Estados Unidos que revoguem completamente suas tarifas da Seção 301 e outras restrições à China para promover o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das relações econômicas e comerciais bilaterais, disse a porta-voz.