Beijing, 24 mai (Xinhua) -- Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), enfatizou nesta quinta-feira que a postura da China, ao promover cooperação, abordagens de ganho mútuo e apoio claro à tecnologia e inovações compartilhadas, cria um cenário promissor para mercados emergentes e países em desenvolvimento.
Ela fez os comentários em seu discurso na Cúpula de Promoção do Comércio e Investimento Global 2025, realizada pelo Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT, sigla em inglês) em Beijing.
Segundo a ex-presidente brasileira, mecanismos como BRICS e a Iniciativa Cinturão e Rota desempenham papel central nesse processo. O BRICS promove desenvolvimento inclusivo e multilateralismo, enquanto a Iniciativa Cinturão e Rota amplia o acesso a capital, tecnologia, infraestrutura, transição energética e conectividade para países em desenvolvimento, disse Rousseff.
Essas iniciativas, fundamentadas no respeito mútuo e na diversidade, oferecem soluções práticas para a democratização da inovação, afirmou Rousseff, que acredita que os avanços no setor tecnológico "têm o potencial de revitalizar o comércio, reconfigurar cadeias globais de valor e alterar a dinâmica geopolítica".
De acordo com o China Daily, os participantes da cúpula concordam que os rápidos avanços chineses em ciência e tecnologia, combinados com a disposição em fomentar um ecossistema de inovação aberto, ajudarão outros países a dar saltos de desenvolvimento e promover progresso inclusivo.
Christos Vlachos, diretor da consultoria financeira Silky Finance, sediada em Atenas, disse que "a inovação na China é ilimitada", destacando que a ênfase do país em benefícios mútuos torna o alcance tecnológico de outras nações mais viável.
"Defendemos abertura, conectividade e igualdade, em vez de isolamento, desacoplamento e discriminação", afirmou Ren Hongbin, presidente do CCPIT, durante o evento.

