Hefei, 20 mai (Xinhua) -- O Queqiao-2, satélite retransmissor da China para missões de pouso lunar, está pronto para apoiar futuras explorações da Lua por outros países, segundo o Laboratório de Exploração do Espaço Profundo da China.
O satélite, que suportou comunicações Terra-Lua para a missão Chang'e-6 da China, responsável por coletar amostras do lado oculto da Lua, prestará serviços de retransmissão para missões lunares da China e de outras nações, informou o laboratório nesta segunda-feira.
Lançado em março do ano passado, o Queqiao-2, ou Ponte de Pega-2, está equipado com três cargas úteis científicas: uma câmera ultravioleta extrema, um gerador de imagens atômicas neutras energéticas codificadas bidimensionalmente e um sistema de experimento de interferometria de linha de base muito longa (VLBI, em inglês) Terra-Lua.
De acordo com o laboratório, o satélite está operando de forma estável em órbita por 14 meses, realizando tarefas científicas como criação de imagens em larga escala das camadas de plasma e magnetosfera da Terra, além de experimentos de VLBI no sistema Terra-Lua.
A câmera ultravioleta extrema do satélite capturou a primeira imagem global da ionosfera na faixa de 83,4 nanômetros, fornecendo dados essenciais para o estudo do impacto da atividade solar na plasmosfera.
O sistema de experimentos VLBI do satélite, em coordenação com o radiotelescópio de 65 metros de Shanghai, ampliou a linha de base de observação para 380 mil quilômetros e conseguiu observar alvos do espaço profundo, como a fonte de rádio A00235 e o orbitador Chang'e-6.
O Queqiao-2 está prestes a desempenhar um papel crucial nas futuras missões Chang'e-7 e Chang'e-8 da China.
A China planeja lançar a missão Chang'e-7 por volta de 2026, com o objetivo de explorar o ambiente e os recursos do polo sul da Lua. Já a missão Chang'e-8, prevista para 2028, realizará experimentos para a utilização in situ dos recursos lunares.