Cooperação econômica e comercial com China injeta novo impulso ao desenvolvimento da América Latina-Xinhua

Cooperação econômica e comercial com China injeta novo impulso ao desenvolvimento da América Latina

2025-05-16 14:30:00丨portuguese.xinhuanet.com

Guangzhou, 16 mai (Xinhua) -- A recém concluída 137ª Feira de Importação e Exportação da China, também conhecido como Feira de Cantão, atraiu quase 290 mil compradores de 219 países e regiões em todo o mundo, estabelecendo um novo recorde. Realizada em três fases, de 15 de abril a 5 de maio, a feira contou com aproximadamente 31 mil expositores e gerou acordos de exportação no valor de US$ 25,44 bilhões.

De necessidades diárias a eletrônicos, o entusiasmo dos compradores latino-americanos pelo mercado chinês é cada vez mais evidente.

Joaquín Castillo, de Argentina, participou da Feira de Cantão há dez anos. De torneiras e roupas a sofás, celulares e outros eletrônicos, e agora materiais de construção, sua lista de compras não para de crescer.

Segundo Castillo, produtos fabricados na China com alta qualidade são amplamente utilizados no cotidiano de seu país e de outras regiões da América Latina, e não apenas oferecem opções mais diversificadas para os consumidores locais, mas também criam maiores oportunidades e valor para o desenvolvimento de negócios.

Da mesma forma, a Feira de Cantão também é uma plataforma importante para a cooperação econômica e comercial entre a China e o Brasil, atraindo aproximadamente 6 mil compradores brasileiros a cada ano.

Segundo André de Souza, diretor de operações da consultoria Guelcos, a Feira de Cantão é o maior apoio para os empreendedores brasileiros expandirem seus negócios. Na última década, de Souza ajudou mais de 500 compatriotas a encontrar oportunidades de negócios na feira.

De drones e carros elétricos à direção autônoma, produtos chineses de alta tecnologia e cada vez mais acessíveis estão entrando no mercado brasileiro para trazer conveniência à vida cotidiana e aumentar a produtividade, disse o consultor.

De acordo com o E-Bus Radar, uma plataforma de dados de transporte público da América Latina, há atualmente 6.747 ônibus elétricos em operação na América Latina, a maioria deles são marcas chinesas, como BYD, FOTON, Yutong Bus e Zhongtong Bus. Em meio à popularidade de carros e ônibus elétricos na região, mais moradores locais começam conhecer os produtos de nova energia da China.

A Feira de Cantão é apenas um microcosmo da cooperação econômica e comercial entre a China e a América Latina. A China é hoje o segundo maior parceiro comercial da América Latina e do Caribe. Estatísticas da Administração Geral das Alfândegas da China mostram que o comércio sino-latino-americano atingiu US$ 518,467 bilhões em 2024, um aumento anual de 6%.

Cui Shoujun, pesquisador da Academia Nacional de Desenvolvimento e Estratégia da Universidade Renmin, disse que, nos últimos anos, a cooperação entre a China e a América Latina não se limitou ao comércio, e a tendência de empresas chinesas construírem fábricas na América Latina se tornou cada vez mais evidente. A grande escala do investimento reflete o otimismo dessas empresas sobre a crescente necessidade da região por uma transformação verde.

O GAC Group entrou no mercado latino-americano em 2013, com uma ampla rede de negócios que abrange a América do Sul, América Central e Caribe. Até o momento, a montadora construiu 148 pontos de venda e serviços na América Latina, fornecendo soluções de mobilidade aos consumidores por meio da introdução de veículos elétricos e híbridos, e ajudou os países da região a reduzirem emissões de carbono, promovendo o desenvolvimento sustentável.

Além disso, projetos de infraestrutura promovidos pela China na América Latina continuam melhorando a vida diária da população local.

De acordo com Enrique Dussel Peters, coordenador do Centro de Estudos China-México da Universidade Nacional Autônoma do México, a crescente presença de projetos de infraestrutura apoiados pela China na Argentina, Brasil, Equador, Jamaica e Peru, entre outros países, está mudando a vida cotidiana na região.

À medida que o comércio entre a China e a América Latina se fortalece, a rede de logística e transporte também está cada vez mais otimizada.

Desde o final de 2019, o Porto de Guangzhou abriu 46 "rotas expressas de cereja". Segundo dados oficiais, o Porto de Nansha, em Guangzhou, recebeu um total de 300 mil toneladas de cerejas entre 2019 e 2023, e é atualmente um dos maiores portos de entrada de cerejas no país asiático.

Em 29 de abril de 2025, o primeiro serviço direto WSA3 do Porto de Guangzhou para a costa oeste da América do Sul foi lançado oficialmente. A rota, operada por 11 navios com capacidade de contêineres de 10.062 TEUs, conecta Nansha com os principais portos da América Latina, como Chancay, no Peru; Manzanillo, no México, e San Antonio, no Chile.

Essa rota não apenas fornece um caminho rápido para produtos fabricados na China, como eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e brinquedos, entrarem no mercado latino-americano, mas também facilita a entrada de frutas tropicais, frutos do mar, vinhos andinos, polpa, farinha de peixe e minerais ao mercado chinês, de acordo com fontes do Porto de Guangzhou.

A cooperação econômica e comercial entre a China e a América Latina está abrindo novos capítulos, e espera-se que a China desempenhe um papel cada vez mais importante no fornecimento de novo ímpeto ao desenvolvimento da América Latina. 

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