Destaque: Mais jovens tanzanianos fazem aulas noturnas de chinês para oportunidades futuras-Xinhua

Destaque: Mais jovens tanzanianos fazem aulas noturnas de chinês para oportunidades futuras

2025-05-13 10:58:07丨portuguese.xinhuanet.com

Jovens locais assistem a uma aula noturna de chinês organizada pelo Instituto Confúcio na Universidade de Dar es Salaam, em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Por Hua Hongli e Lucas Ligang

Dar es Salaam, 10 mai (Xinhua) -- Conforme o sol se põe em Dar es Salaam, lançando uma suave luz alaranjada sobre a movimentada cidade, outra começa a brilhar em uma sala de aula do Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam.

Sob o suave barulho dos ventiladores de teto, um grupo diversificado de jovens tanzanianos se reúne, incluindo jovens profissionais, empreendedores motivados, recém-formados e adolescentes curiosos. Seus olhares seguem a professora de chinês, que tem voz suave, mas confiante.

Entre os estudantes está o empreendedor Rajabu Seleman Malugu, 29 anos, frequentador assíduo da primeira fila. Usando uma camisa listrada, ele se inclina para a frente com caneta a postos e caderno aberto. Para Rajabu, aprender chinês é mais do que uma curiosidade cultural: é uma estratégia de negócios.

"Para expandir meus negócios, preciso entender a língua e a cultura do meu maior mercado, que é a China", disse ele. "Os chineses são mestres em marketing. Até seus anúncios me inspiram. Quero aprender com eles, falar a língua deles e, um dia, negociar diretamente com eles".

A algumas cadeiras de distância, está Bhoke Juma Chacha, 25 anos, formada em ciências aquáticas. Para ela, o mandarim é uma porta de entrada para novos horizontes.

"Aprender chinês não é só uma questão de idioma", disse ela. "Também é questão de acesso a empregos, a viagens, a um mundo que valoriza esse idioma".

Bhoke quer conquistar uma carreira em comércio internacional ou diplomacia. Mas ela também gosta da beleza do idioma. "Escrever caracteres chineses é como desenhar. É uma arte, mas também é um desafio. Um traço pode mudar todo o significado", disse ela, mostrando seu caderno cheio de caracteres cuidadosamente desenhados.

No fundo da sala está Wahad Haji Othman, um jovem de 19 anos que concluiu o ensino médio e aguarda o início do ensino superior. "Aprender chinês é como aprender o idioma do futuro", disse ele.

Na frente da sala, a professora Gao Yan anda entre as fileiras. Em sua turma, aprender não é um fardo, mas uma jornada cheia de histórias, brincadeiras, contos culturais e risadas.

"Para mim, ensinar chinês é sobre conexão", disse ela. "É sobre ajudar meus estudantes a ver o mundo de outra forma, a conhecer uma nova cultura, a construir pontes".

Essa ponte já está tomando forma. Emmanuel Richard Legonga, professor tanzaniano que trabalha no Instituto Confúcio há oito anos, viu em primeira mão como os estudantes evoluem ao longo do programa. Alguns encontraram emprego em empresas chinesas na Tanzânia, outros passaram a ensinar chinês por conta própria.

"O número de estudantes aumenta a cada ano. E cada estudante tem uma história", disse ele. "Aqui, o chinês não é só uma língua. É uma porta para empregos, para a educação, para um mundo mais amplo".

Quando dá 18h30, a aula acaba. Os estudantes pegam seus cadernos, trocando sorrisos e algumas frases em chinês: zai jian (adeus) e xie xie (obrigado).

Zhang Xiaozhen, diretora chinesa do Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, disse que as aulas noturnas começaram em 2013 e atualmente atendem 150 estudantes. Há cinco turmas para os níveis de um a quatro, com cinco sessões por ano.

O objetivo do Instituto Confúcio é virar um dos principais centros de treinamento e avaliação da língua chinesa, além de um dos melhores centros de intercâmbio cultural e acadêmico chinês na África, disse Zhang.

Para Rajabu, Bhoke, Wahad e muitos outros, o Instituto Confúcio é mais do que uma escola de idiomas. É uma ponte entre sonhos e oportunidades, entre culturas e, talvez, um dia, entre continentes.

Zhang Xiaozhen, diretora chinesa do Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, fala durante entrevista à Xinhua em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Bhoke Juma Chacha, graduada em ciências aquáticas de 25 anos e uma das estudantes do curso noturno de chinês organizado pelo Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, fala durante entrevista à Xinhua em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Emmanuel Richard Legonga (1º, à direita), professor tanzaniano que trabalha no Instituto Confúcio há oito anos, ensina língua chinesa a jovens locais em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Gao Yan, professora chinesa no Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam ensina língua chinesa a jovens locais em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Wahad Haji Oth, jovem de 19 anos, formado no ensino médio e um dos estudantes do curso noturno de chinês organizado pelo Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, fala durante entrevista à Xinhua em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Rajabu Seleman Malugu, empreendedor de 29 anos e um dos estudantes do curso noturno de chinês organizado pelo Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, fala durante entrevista à Xinhua em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Gao Yan, professora chinesa no Instituto Confúcio da Universidade de Dar es Salaam, ensina língua chinesa a jovens locais em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

Emmanuel Richard Legonga (1º à direita, frente), professor tanzaniano que trabalha no Instituto Confúcio há oito anos, ensina língua chinesa a jovens locais em Dar es Salaam, Tanzânia, no dia 9 de maio de 2025. (Xinhua/Emmanuel Herman)

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