Beijing, 22 abr (Xinhua) -- No Centro Nacional de Inovação para Pesca Digital (CNIPN, sigla em inglês) em Beijing, peixes robóticos imitando atuns e golfinhos nadam em tanques de reprodução. Desenvolvidos por uma equipe do CNIPN, esses robôs biônicos têm como objetivo reduzir o trabalho pesado relacionado à reprodução de peixes e modernizar o gerenciamento de fazendas de peixes com inteligência artificial (IA).
Anteriormente, a inspeção manual das gaiolas de pesca no mar levava pelo menos 3 dias e demandava mão de obra excessiva. Para melhorar essa situação, a equipe primeiramente desenvolveu robôs equipados com sensores capazes de inspecionar uma gaiola de 400 metros de diâmetro em apenas quatro horas.
"Queremos tornar o trabalho dos pescadores menos árduo", disse Wei Yaoguang, membro da equipe com mais de 20 anos de experiência.
No entanto, um novo desafio imediatamente surgiu: os peixes se estressavam com a presença das máquinas, forçando a equipe a repensar seu projeto. Para resolver esse problema, eles desenvolveram um novo modelo de peixes biônicos com tamanho menor e hidrodinâmicos, capaz de se misturar ao ambiente aquático, atraindo até mesmo os peixes (reais), que os seguiam naturalmente.
Outro desafio surgiu com a cauda do atum-máquina, que balançava de um lado ao outro, que fazia com que sua cabeça balançasse de forma imprevisível, complicando as inspeções subaquáticas. Para resolver isso, a equipe desenvolveu um sistema de estabilização visual, aumentando a capacidade do robô de observar claramente as condições subaquáticas.
Segundo a equipe, os robôs biônicos incorporam várias tecnologias avançadas, incluindo sistemas de propulsão inspirados em peixes, motores flexíveis de acionamento duplo, sensores com precisão sobre a qualidade da água e o comportamento dos peixes, assim como IA.
O uso da IA diminui custos operacionais do tanque de peixes. Com base em um algoritmo, os peixes biônicos, montada com chips de IA, podem analisar dados coletados por sensores para calcular a biomassa dos peixes e, por sua vez, reduz o desperdício de iscas, diminui os custos da aquicultura e otimizar o ambiente de crescimento dos peixes.
A equipe também integrou a tecnologia de aquicultura inteligente com o grande modelo "Fanli", um sistema alimentado por IA desenvolvido pelo CNIPN. Implantada em 23 províncias, a tecnologia agora gerencia mais de 6,3 milhões de metros quadrados de fazendas aquáticas terrestres e 5,5 bilhões de metros quadrados de fazendas de aquicultura em lagoas e em alto-mar, resultando em uma redução de 50% nos custos de mão de obra.
