Beijing, 4 abr (Xinhua) -- A China rejeitou nesta quinta-feira as supostas preocupações do Japão sobre os exercícios conjuntos da China ao redor da ilha de Taiwan, dizendo que as palavras e ações do Japão violam flagrantemente o princípio de Uma Só China.
Os exercícios realizados pelo Comando do Teatro Leste do Exército de Libertação Popular da China têm como objetivo alertar e conter as forças separatistas da "independência de Taiwan", e é uma ação legítima e necessária para defender a soberania nacional da China e manter a unidade nacional, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa.
"O Japão não tem o direito de apontar o dedo para isso, muito menos interferir", disse ele em resposta a reportagens da mídia de que o lado japonês havia expressado suas preocupações à China por meio de canais diplomáticos sobre os exercícios.
Guo disse que o lado chinês expressou forte insatisfação e oposição firme e apresentou sérios protestos ao lado japonês.
Taiwan é uma parte inalienável do território da China. A questão de Taiwan está no centro dos interesses fundamentais da China e está relacionada à base política das relações China-Japão e à confiança básica entre os dois países.
O porta-voz ressaltou que o Japão cometeu inúmeros crimes durante seu domínio colonial de 50 anos sobre Taiwan e tem sérias responsabilidades históricas para com o povo chinês. "Ele deve agir com ainda mais prudência".
Este ano marca o 80º aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e da Guerra Antifascista Mundial.
"Pedimos ao Japão que reflita profundamente sobre a história, defenda os princípios dos quatro documentos políticos entre a China e o Japão e honre seus compromissos solenes sobre a questão de Taiwan, pare imediatamente de interferir nos assuntos internos da China e cumpra o princípio de Uma Só China com ações concretas", disse Guo.