Beijing, 18 mar (Xinhua) -- O compromisso da China de aumentar sua contribuição para a cooperação global para o desenvolvimento permanece inalterado, disse Li Ming, porta-voz da Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento da China, na segunda-feira.
O comentário de Li veio quando o governo Trump revelou planos para cortar mais de 90% dos contratos de ajuda externa da USAID.
"Nossos princípios relacionados à ajuda externa, incluindo a não interferência em assuntos internos, sem amarras políticas e sem promessas vazias feitas, não mudarão. Continuaremos a fazer o que pudermos ao nosso alcance e a realizar consultas igualitárias e cooperação ganha-ganha com parceiros de desenvolvimento do Sul e do Norte", disse Li em uma coletiva de imprensa.
Além dos países em desenvolvimento, a China tem estabelecido relações institucionais de diálogo e cooperação com países desenvolvidos, como Alemanha e Japão, bem como organizações multilaterais de desenvolvimento, como a OCDE, e a China tem mantido estreita comunicação com instituições financeiras e organizações não governamentais de renome internacional, como a Fundação Gates e a Fundação Rockefeller, para aprofundar os intercâmbios no âmbito das Nações Unidas e explorar oportunidades de cooperação trilateral e multilateral, de acordo com Li.
Observando que a assistência ao desenvolvimento de certos países desenvolvidos continuou a diminuir, Li disse que a China vem monitorando de perto as dificuldades e perturbações causadas por ajustes e mudanças relevantes nos receptores de ajuda. Ele expressou plena compreensão de sua ansiedade e desamparo, acreditando que esses movimentos vão contra os compromissos e obrigações assumidos pelos países desenvolvidos no âmbito da ONU.
"Um grande país deve agir como um grande país, assumindo suas devidas obrigações internacionais e cumprindo suas responsabilidades, em vez de renegar suas promessas, ser mercenário ou intimidador", disse Li.