Beijing, 15 mar (Xinhua) -- A China está revolucionando a agricultura com tecnologias de ponta como drones, sistemas inteligentes, para garantir a segurança alimentar e a vitalização rural. O "documento central nº 1" de 2025 prioriza o desenvolvimento de "novas forças produtivas de qualidade na agricultura", enfatizando aplicação de tecnologias agrícolas como IA, big data e sistemas de baixa altitude.
CAMPOS MAIS INTELIGENTES, MAIOR PRODUTIVIDADE
Em uma das principais províncias produtoras de trigo do país, agricultores usam estações de monitoramento equipados com câmeras, sensores e análises de IA para resistir ao clima.
Essas inovações exemplificam um esquema nacional para combinar as tecnologias de informação, como a Internet das Coisas (IoT), big data e IA com equipamentos mecânicos para acelerar a modernização agrícola do país.
Em nível nacional, a produção de grãos da China atingiu um recorde de 706,5 milhões de toneladas em 2024, com a tecnologia contribuindo com mais de 60% do crescimento agrícola.
Song Lili, pesquisadora da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, observou que a limitação das terras aráveis torna a inovação vital para manter a produtividade. "A tecnologia agora faz parte de todos os estágios da agricultura, impulsionando a estabilidade", disse ela, destacando a mudança da escassez de alimentos para a abundância nutricional.
A TECNOLOGIA ENRIQUECE O CARDÁPIO
Além dos alimentos básicos, a China está diversificando o fornecimento de alimentos por meio de avanços como o Azul Profundo 2, uma gaiola de aquicultura autônoma na costa de Qingdao, no leste da China. Esse sistema possibilita o cultivo de salmão através de descida e ascensão de gaiola em águas para criar temperaturas favoráveis para a procriação de salmão.
Esses avanços se alinham a uma diretriz do Conselho do Estado para diversificar alimentos e aumentar a produção agrícola através de inovações tecnológicas. Em geral, a segurança alimentar da China continua sendo um "equilíbrio delicado", alertou Han Wenxiu, vice-diretor executivo do escritório do Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos.
Ele acrescentou que o país precisa aumentar a produção agrícola para resistir ao clima extremo e desastres naturais. O país visa aumentar a produção anual de grãos em 50 milhões de toneladas até 2030.