Los Angeles, 26 fev (Xinhua) -- Uma empresa chinesa pouco conhecida produziu um medicamento que supera o mais vendido do mundo, disse uma reportagem da CNN na terça-feira.
"A DeepSeek, da China, chocou o mundo ao oferecer uma inovação inesperada a um preço inacreditável. Mas essa tendência disruptiva não se limita às grandes empresas de tecnologia: ela vem ocorrendo discretamente no setor farmacêutico", disse a reportagem.
Em setembro, a Akeso, uma empresa chinesa de biotecnologia pouco conhecida, fundada há quase uma década, sacudiu o setor de biotecnologia com seu novo medicamento contra o câncer de pulmão, de acordo com a reportagem.
O novo medicamento, Ivonescimab, foi considerado em um estudo realizado na China como tendo superado o Keytruda, o bem-sucedido medicamento desenvolvido pela Merck que arrecadou mais de US$ 130 bilhões em vendas para o gigante norte-americano, que dominou o tratamento do câncer, disse a reportagem.
Os pacientes tratados com o novo medicamento da Akeso registraram 11,1 meses antes que seus tumores começassem a crescer novamente, em comparação a 5,8 meses para Keytruda, de acordo com dados clínicos divulgados na Conferência Mundial sobre Câncer de Pulmão, um importante fórum médico.
"A inovação da Akeso é impulsionada por uma profunda compreensão da biologia da doença e da engenharia de proteínas, ao mesmo tempo que se beneficia do tempo de desenvolvimento rápido e da abundância de talentos de primeira linha na China", disse a empresa em um comunicado enviado à CNN.
Nos últimos 10 anos, as empresas chinesas de biotecnologia começaram a inovar com mais medicamentos avançados que podem competir diretamente com as ofertas ocidentais, disse a reportagem. "E elas assinaram bilhões de dólares em acordos de licenciamento com parceiros ocidentais para levar seus produtos para o resto do mundo."

