Beijing, 9 jan (Xinhua) -- A inflação da China permaneceu estável no ano passado, com um leve crescimento dos preços ao consumidor e uma menor redução nos preços ao produtor, à medida que a demanda doméstica continuou a se aquecer em meio a uma recuperação econômica sustentável.
O índice de preços ao consumidor (IPC) da China, principal indicador da inflação, aumentou 0,2% ano a ano em 2024, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.
Somente em dezembro, o IPC subiu 0,1% em relação ao ano anterior, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE). O núcleo do IPC, que exclui os preços dos alimentos e energia, aumentou anualmente 0,4% no mês passado, ante 0,3% em novembro de 2024.
Em uma base mensal, o IPC ficou estável em dezembro, após uma queda de 0,6% em novembro.
Os dados da quinta-feira do DNE também revelaram que o índice de preços ao produtor (PPI), que mede os custos dos produtos no portão da fábrica, caiu 2,3% em dezembro em relação ao ano anterior, uma cifra menor em relação à queda de 2,5% registrada no mês anterior. Em comparação com novembro, o PPI caiu 0,1%.
Em 2024, o preço ao produtor nacional caiu 2,2%, menor que a queda de 3% registrada em 2023.
Os analistas acreditam que os preços ao consumidor e ao produtor do ano passado, embora em grande parte se situando em níveis baixos, permaneceram estáveis e continuaram a melhorar, apontando para o aquecimento do sentimento do mercado.
Em 2024, a China implementou um grande programa de atualizações de equipamentos em larga escala e trocas de bens de consumo, em um esforço para estimular a demanda doméstica e sustentar a economia. Esse programa incentiva as fábricas a substituir máquinas antigas por outras mais avançadas, enquanto os consumidores individuais podem desfrutar de subsídios para automóveis, eletrodomésticos e muito mais.
Essas políticas produziram resultados notáveis. Dados oficiais mostraram que a troca de bens impulsionou as vendas de automóveis em 920 bilhões de yuans (US$ 128 bilhões) em 2024, melhorando também as vendas de eletrodomésticos em 240 bilhões de yuans.
No entanto, a demanda interna insuficiente ainda é um problema proeminente na economia chinesa, e os especialistas pedem ainda mais esforços para dar vitalidade ao mercado.
Na Conferência Central de Trabalho Econômico realizado em dezembro de 2024, os formuladores de políticas da China, ao mapear o trabalho econômico para 2025, destacaram a necessidade de impulsionar vigorosamente o consumo, melhorar a eficiência do investimento e expandir a demanda interna em todas as frentes.
Na quarta-feira, o governo anunciou uma série de medidas para fortalecer o programa de troca de bens de consumo deste ano - expandindo as categorias de eletrodomésticos elegíveis para subsídios e incluindo uma gama mais ampla de veículos de passageiros no programa. Notavelmente, o governo central destinou 81 bilhões de yuans para garantir a entrega destes subsídios.
Analistas preveem que os níveis de preços ao consumidor e ao produtor da China melhorarão ainda mais em 2025, pois espera-se que as políticas de apoio e a recuperação econômica contínua ajudem a aumentar a confiança do mercado.