Rio de Janeiro, 4 jan (Xinhua) -- O Ministério da Defesa do Brasil informou nesta sexta-feira que, em apenas dois dias, 7 mil mulheres se inscreveram no inédito alistamento militar feminino voluntário para concorrer a uma das 1.465 vagas disponibilizadas em Brasília (DF) e em outros 28 municípios de 13 estados.

A iniciativa é destinada às mulheres que completam 18 anos em 2025, ou seja, as nascidas em 2007, com base no decreto 12.154, de 27 de agosto de 2024, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O alistamento feminino segue até 30 de junho e será realizado concomitantemente ao recrutamento masculino, que é obrigatório e como o dos homens, tem requisito de que as jovens residam nos municípios selecionados.

Em comunicado, o Ministério da Defesa informou que pretende aumentar progressivamente o número de mulheres recrutadas para o serviço militar feminino inicial, tanto no Exército, como na Marinha e na Força Aérea.

Apesar da inscrição ser feita este ano, a incorporação das mulheres será iniciada em 2026.

A partir do ato oficial de incorporação, o serviço militar inicial feminino se tornará de cumprimento obrigatório. As militares incorporadas terão os mesmos direitos e deveres dos homens e ficarão sujeitas às penalidades previstas na legislação brasileira.

De acordo com o decreto, o serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos.

Após serem afastadas do serviço ativo, passarão a integrar a reserva não remunerada das Forças Armadas, segundo a estatal Agência Brasil.

As jovens não serão as primeiras mulheres a entrar nas Forças Armadas Brasileiras.

Atualmente, há cerca de 37 mil mulheres militares, que atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística e seu ingresso se dá como oficiais ou sargentos de carreira, por meio de concurso público.