Laços Egito-China se fortalecem ao longo de 10 anos de parceria estratégica abrangente-Xinhua

Laços Egito-China se fortalecem ao longo de 10 anos de parceria estratégica abrangente

2025-01-02 13:32:30丨portuguese.xinhuanet.com

Foto tirada no dia 9 de fevereiro de 2024 mostra apresentação de luzes em comemoração ao Ano Novo Lunar Chinês no projeto Distrito Central de Negócios (CBD, na sigla em inglês) na nova capital administrativa, Egito, leste do Cairo. (Foto por Li Binghong/Xinhua)

O crescimento dos laços bilaterais foi impulsionado por décadas de interações amigáveis, já que o Egito foi a primeira nação árabe e africana a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China em 1956.

Além da parceria, os dois países continuam fortalecendo sua cooperação sob as estruturas multilaterais, incluindo o grupo BRICS, o Fórum de Cooperação China-Estados Árabes e o Fórum de Cooperação China-África.

Por Mahmoud Fouly

Cairo, 31 dez (Xinhua) -- Egito e China se despedem de 2024 com relações bilaterais mais fortes sob um acordo de 2014 para elevar seus laços a uma parceria estratégica abrangente.

Marcando o 10º aniversário da parceria, 2024 viu realizações frutíferas de cooperação entre Egito e China em vários campos.

LAÇOS ESTRATÉGICOS

Algumas semanas antes do final do ano, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, se encontrou com seu homólogo egípcio, Badr Abdelatty, em Beijing e eles presidiram o diálogo estratégico dos ministros das Relações Exteriores China-Egito em 13 de dezembro.

Durante sua estadia na China, Abdelatty também se encontrou com autoridades chinesas e executivos de fabricantes líderes, discutindo o fortalecimento da cooperação e o avanço do investimento chinês no Egito.

Abdelatty disse que o Egito "valoriza a parceria estratégica abrangente entre os dois países", mostrando apreço pela contribuição da China para o desenvolvimento econômico e social do Egito.

Funcionários da empresa chinesa ZPEC (China's Zhongman Petroleum and Natural Gas Group Corp., Ltd.) trabalham em plataforma de perfuração para perfurar poço no deserto da província de Aswan, Egito, no dia 23 de novembro de 2024. (Xinhua/Sui Xiankai)

Em maio, o presidente egípcio Abdel-Fattah al-Sisi visitou a China, onde anunciou com o presidente chinês, Xi Jinping, o lançamento do ano de parceria China-Egito de 2024 para celebrar o 10º aniversário da parceria estratégica abrangente.

O crescimento dos laços bilaterais foi impulsionado por décadas de interações amigáveis, já que o Egito foi a primeira nação árabe e africana a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China em 1956.

Além da parceria, os dois países continuam fortalecendo sua cooperação sob as estruturas multilaterais, incluindo o grupo BRICS, o Fórum de Cooperação China-Estados Árabes (CASCF, na sigla em inglês) e o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, na sigla em inglês).

O Egito também é um membro-chave da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) proposta pela China, que busca cooperação mútua entre os estados participantes em vários campos.

No começo de setembro de 2024, o primeiro-ministro egípcio Mostafa Madbouly visitou Beijing e participou da cúpula do FOCAC, dizendo que o Egito e a China formaram "uma estrutura de cooperação multinível".

"O Egito é um dos primeiros países a aderir à ICR e a apoiar as iniciativas da China para segurança, desenvolvimento e civilização globais", disse ele em entrevista à Xinhua. "O Egito respeita as conquistas tangíveis da cooperação Egito-China na última década".

Funcionário trabalha em linha de produção de fibras de vidro em fábrica da gigante chinesa de fibras de vidro, Jushi, na Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Egito TEDA Suez no distrito de Ain Sokhna, província de Suez, Egito, no dia 6 de novembro de 2024. (Xinhua/Ahmed Gomaa)

COOPERAÇÃO ECONÔMICA

O ano de saída de 2024 não só marcou 10 anos de sua parceria estratégica abrangente, mas também viu uma crescente cooperação econômica sob a ICR, que está alinhada com a Visão 2030 do Egito para o desenvolvimento sustentável.

A China tem sido o maior parceiro comercial do Egito por 12 anos consecutivos, com o investimento chinês crescendo constantemente no país árabe, principalmente em projetos de infraestrutura e industriais.

Durante sua visita a Beijing em setembro, Madbouly presenciou a assinatura de vários contratos com empresas chinesas para estabelecer novos projetos na Zona Econômica do Canal de Suez (SCZone) do Egito, de acordo com uma declaração do gabinete.

Os novos projetos se juntarão a muitos outros negócios e fábricas chinesas operando em uma zona industrial sino-egípcia construída pela gigante construtora industrial chinesa TEDA na SCZone, perto do essencial Canal de Suez do Egito.

Desde sua criação em 2008, a zona TEDA atraiu cerca de 180 empresas de investimento, com investimento real superior a 3 bilhões de dólares americanos.

O presidente da SCZone, Waleid Gamal El-Dein, disse que houve conversas recentes para expandir a zona em mais 3 km quadrados a fim de acomodar novas indústrias.

"As relações econômicas entre os dois países estão aumentando e se qualificando para um maior crescimento no próximo período", disse o economista egípcio Waleed Gaballah à Xinhua.

Trabalhadores operam linha de montagem de máquinas de lavar na primeira fase do Parque Ecológico Haier Egypt em 10th of Ramadan, uma cidade a nordeste do Cairo, Egito, no dia 23 de setembro de 2024. (Xinhua/Sui Xiankai)

VISÃO COMPARTILHADA

Egito e China adotam políticas semelhantes em questões regionais e internacionais, como não interferência em assuntos internos de outros países, respeito à soberania e apelo ao diálogo e solução pacífica de conflitos.

Isso foi claramente demonstrado ao longo de 2024, em relação aos conflitos no Oriente Médio, particularmente o conflito Israel-Palestina na Faixa de Gaza, além dos recentes desenvolvimentos na Síria após a queda do governo de Bashar al-Assad no começo de dezembro.

Durante o diálogo estratégico dos ministros das Relações Exteriores China-Egito no início deste mês, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a tarefa urgente é cessar o fogo imediatamente, acabar com a violência e aliviar a crise humanitária no Oriente Médio.

"Apoiamos a Síria na concretização da paz em uma data inicial, implementando a resolução 2254 do Conselho de Segurança, avançando o processo político doméstico de acordo com o princípio "liderado e de propriedade da Síria" e encontrando um plano de reconstrução que atenda aos desejos do povo por meio do diálogo inclusivo", disse Wang em coletiva de imprensa conjunta com seu colega egípcio Abdelatty em 13 de dezembro.

O ex-embaixador egípcio na China, Ali el-Hefny, também ressaltou a visão compartilhada do Egito e da China. "O Egito e a China buscam um sistema internacional baseado no respeito à soberania dos estados, na não interferência em seus assuntos internos e no tratamento com os estados com base na igualdade", disse ele.

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