Shanghai, 29 dez (Xinhua) -- Uma sobrevivente de 95 anos do sistema de "mulheres de conforto" imposto pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial faleceu no sábado, na Província de Hunan, centro da China, reduzindo para oito o número de sobreviventes registradas na parte continental chinesa.

Pesquisas anteriores indicam que cerca de 400 mil mulheres na Ásia foram forçadas a ser "mulheres de conforto" - escravas sexuais do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial - e quase metade delas eram chinesas.

A sobrevivente, nascida em 1930 no distrito de Pingjiang, Província de Hunan, foi sequestrada por soldados japoneses junto com sua prima no início de 1945. Elas, juntamente com outras meninas capturadas de diferentes locais, foram confinadas em uma casa em Pingjiang, onde sofreram graves abusos sexuais, de acordo com o Centro de Pesquisa para Mulheres de Conforto da Universidade Normal de Shanghai.

Após mais de um mês de cativeiro, a sobrevivente foi resgatada por soldados chineses.

O centro de pesquisa conduziu várias investigações nas províncias de Hunan e Shanxi, coletando informações por meio de visitas ao local, testemunhos de sobreviventes e registros históricos para estabelecer arquivos de pesquisa sobre vítimas do sistema de "mulheres de conforto" do exército japonês.

Também criou um fundo para pesquisa e assistência a "mulheres de conforto", que auxilia as vítimas e apoia pesquisas relativas.