Destaque: Virando mestre de kung fu, a história de um advogado americano-Xinhua

Destaque: Virando mestre de kung fu, a história de um advogado americano

2024-12-29 11:56:11丨portuguese.xinhuanet.com

Mohammad Ullah pratica estilo do punho bêbado na Escola de Artes Marciais Shaolin Epo em Dengfeng, província de Henan, centro da China, no dia 29 de outubro de 2024. (Xinhua/Li Jianan)

Nota da edição: A esperança para o relacionamento China-EUA está nas pessoas, com conexões de base como alicerce. Embora os dois países tenham vivido altos e baixos nos laços bilaterais, é a amizade duradoura entre seus povos que tem consistentemente colocado receptividade e impulso nesse relacionamento. Como 1º de janeiro marca o 46º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-EUA, a Xinhua está divulgando várias histórias que destacam americanos que adoram a cultura chinesa e trabalham ativamente para diminuir as diferenças entre as duas nações.

Zhengzhou, 27 dez (Xinhua) -- Se você acha que aprender kung fu é difícil, conheça Mohammad Ullah, um advogado americano que pratica pelo menos sete formas de artes marciais chinesas.

Aos 30 anos, Ullah é um praticante versátil de kung fu chinês, tendo passado uma década aprendendo várias formas de boxe, esgrima e jogo de bastão.

Ele voltou recentemente do Festival Internacional de Shaolin Wushu (artes marciais) de Zhengzhou realizado em Dengfeng, na China central, com duas medalhas: uma de prata em esgrima guandao e outra de bronze em pa chi chuan. O festival contou com a presença de 2.560 atletas de 56 países e regiões.

Dengfeng, na província de Henan, é famosa por ser o lar do Templo Shaolin, o berço do kung fu. Lá, Ullah se deparou com duas novas formas de artes marciais: boxe xiaohongquan e estilo do punho bêbado.

O estilo do punho bêbado foi retratado no filme de kung fu de Jackie Chan, O Mestre Invencível, mas mesmo na China, a forma de boxe tem poucos praticantes, pois seus movimentos imprevisíveis e golpes surpresa são difíceis de aprender.

"Provavelmente a primeira vez que vi esse estilo foi no filme de Jackie Chan. É difícil e provavelmente não é a melhor forma para competição, mas é muito divertido", disse Ullah, que planeja se apresentar para seus amigos americanos no próximo Ano Novo Chinês.

Crescendo em uma comunidade de Houston com muitos imigrantes chineses e vietnamitas, Ullah conheceu as artes marciais chinesas por meio de filmes de kung fu. Seu treinamento começou nos anos de faculdade, quando ele se juntou a um clube de kung fu. Depois de aprender boxe no estilo sulista, seu interesse pela cultura do kung fu o levou à espada e bastão no estilo sulista, e à espada guandao e ao pa chi chuan.

Ele visitou a China pela primeira vez no ano passado para participar de um campeonato global de Wushu no Monte Emei. Lá, ele ficou impressionado com a diversidade de gêneros de kung fu e decidiu expandir ainda mais seu repertório dessas artes.

"Treino dessa forma (aprendendo mais de um estilo) porque isso me ajuda a apreciar a vasta diversidade das artes marciais chinesas", disse Ullah. "Também como atleta, é importante ser completo".

Os benefícios não se limitam à saúde física, pois Ullah acredita que a disciplina necessária para melhorar o kung fu força a mente a "passar por um processo de filtragem do que é desnecessário" e, portanto, "treina a mente".

Sua última viagem à China também o levou à Escola de Artes Marciais Shaolin Epo. Lá, ele teve a oportunidade única de treinar o estilo do punho bêbado e aumentar seu entendimento do lugar especial do kung fu na cultura chinesa.

"Parece que as artes marciais não são apenas um hobby ou uma aula para crianças, mas parte de seus cotidianos. Todos na China respeitam as artes marciais, e elas são tão importantes para eles quanto sua comida, idioma e história", disse Ullah.

Ullah acredita que o esporte construiu uma ponte para trocas culturais, já que o local de nascimento do kung fu acolhe mais praticantes americanos e internacionais.

"Por meio de interações com pessoas de várias origens, podemos promover o kung fu e incentivar o entendimento entre as nações", disse ele.

Mohammad Ullah (frente) pratica boxe xiaohongquan na Escola de Artes Marciais Shaolin Epo em Dengfeng, província de Henan, centro da China, no dia 29 de outubro de 2024. (Xinhua/Li Jianan)

Mohammad Ullah pratica estilo do punho bêbado na Escola de Artes Marciais Shaolin Epo em Dengfeng, província de Henan, centro da China, no dia 29 de outubro de 2024. (Xinhua/Li Jianan)

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