Participantes da 6ª Cúpula Mundial de Mídia escolhem lembranças na antiga cidade de Kashgar, Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, em 16 de outubro de 2024. (Xinhua/Wang Yijie)
"A integração de várias comunidades étnicas e sua prosperidade compartilhada é um modelo com o qual o Líbano pode aprender, dada a nossa própria paisagem religiosa e cultural diversificada", disse o especialista libanês Waref Kumayha.
Beirute, 26 dez (Xinhua) -- Xinjiang sempre me intrigou como um lugar onde as culturas se encontram e as histórias convergem", disse Waref Kumayha, presidente do Instituto de Estudos e Pesquisa da Rota da Seda, uma organização privada com sede em Beirute.
Em uma entrevista à Xinhua, Kumayha compartilhou suas reflexões sobre sua recente visita à Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China.
"Eu esperava uma região definida pela tradição, mas fui recebido por uma combinação notável de herança antiga e inovação moderna", disse ele.
Como defensor da diplomacia cultural, Kumayha enfatizou a necessidade de compartilhar o sucesso do desenvolvimento e o patrimônio cultural de Xinjiang com o mundo árabe.
"A integração de várias comunidades étnicas e sua prosperidade compartilhada é um modelo com o qual o Líbano pode aprender, considerando nossa própria paisagem religiosa e cultural diversificada", disse ele.
Ele citou oportunidades de cooperação entre Xinjiang e o mundo árabe, especialmente em energia renovável, agricultura sustentável e intercâmbio cultural.
Foto tirada por Waref Komaiha, participante da sexta Cúpula Mundial de Mídia, mostra uma apresentação de dança em "Casa de Guli", um quintal de um morador local convertido em local de descanso para turistas, em Kashgar, Região Autônoma Uigur de Xinjiang, noroeste da China, em 16 de outubro de 2024. (Foto por Waref Komaiha/Xinhua)
Durante sua visita, Kumayha também experimentou em primeira mão a vibrante tapeçaria cultural de Xinjiang. Ele contou sobre um momento de amizade com um agricultor uigur, Osman Abdullah, em Kashgar.
"Osman me recebeu em sua casa tradicional, onde compartilhamos pão naan recém-assado e doces. Foi mais do que uma refeição, foi um vislumbre autêntico de uma vida que equilibra tradição e modernidade", disse ele.
Outro destaque foi assistir às danças folclóricas uigur, uma forma de arte que ressoa profundamente com o espírito da região. "As apresentações refletiram tanto o orgulho da herança quanto o otimismo em relação ao futuro", disse Kumayha.
Kumayha observou com admiração a rápida transformação da região. "Vi projetos de infraestrutura e desenvolvimentos urbanos que redefiniram Xinjiang como uma potência econômica", disse ele.
"Meu papel como escritor e pesquisador é fornecer uma narrativa equilibrada, combatendo estereótipos e promovendo a compreensão", disse ele.
Kumayha revelou planos para documentar sua experiência em Xinjiang em seu próximo livro, "Xinjiang, uma Jornada pelas Manifestações de Beleza, Felicidade e Prosperidade", que destacará as conexões entre as civilizações chinesa e árabe.
"Xinjiang não é apenas uma história de desenvolvimento; é uma história de cruzamento cultural que pode inspirar um vínculo mais profundo entre nossos povos", acrescentou.