Beijing, 6 dez (Xinhua) -- A Administração Geral das Alfândegas da China emitiu nesta segunda-feira o Anúncio sobre Requisitos Fitossanitários para a Importação de Uvas Frescas Brasileiras, que permite a importação de uvas de mesa brasileiras que atendam aos requisitos relevantes com efeito imediato.
Segundo o anúncio, são permitidas as importações de uvas das regiões produtoras de uvas dos estados brasileiros de Pernambuco e Bahia. Os vinhedos, as fábricas de embalagem e as instalações de tratamento a frio para exportação para a China devem ser auditados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e aprovados para registro pela Administração Geral das Alfândegas da China.
Em 20 de novembro, no Brasil, a China e o Brasil assinaram diversos documentos de cooperação, incluindo o Protocolo de Requisitos Fitossanitários para Exportação de Uvas Frescas de Mesa do Brasil para a China, no qual a China concordou em abrir seu mercado para as uvas frescas brasileiras.
Atualmente, os países autorizados a exportar uvas de mesa para a China incluem Peru, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão. Espera-se que as uvas brasileiras entrem no mercado chinês pela primeira vez este ano.
As exportações de uvas brasileiras diminuíram significativamente no início de 2024, com apenas 2.400 toneladas exportadas nos primeiros três meses, uma redução de 58,5% em relação ao mesmo período de 2021. Como o quarto maior produtor mundial de uvas de mesa, o Brasil tem buscado expandir seu comércio de uvas com parceiros asiáticos há anos. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado, segundo estatísticas.
O Brasil é a maior fonte de importações de produtos agrícolas da China. A partir de 2009, a China tornou-se, e por muitos anos seguidos, o maior parceiro comercial do Brasil e um importante país de origem de investimentos no Brasil, enquanto o Brasil é atualmente o maior parceiro comercial da China na América Latina. Quando os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1974, o valor do comércio bilateral era de apenas US$ 17,4 milhões. Em 2023, esse valor atingiu US$ 181,53 bilhões. Nos primeiros 10 meses de 2004, o comércio bilateral já superou US$ 160 bilhões, um aumento anual de 8,4%, segundo alfândegas chinesas.
Por outro lado, o volume de comércio entre a China e a América Latina aumentou de US$ 263,5 bilhões em 2014 para US$ 489 bilhões em 2023. Ao longo dos anos, a China se consolidou como o segundo maior parceiro comercial da América Latina.