Beijing, 29 nov (Xinhua) -- A 2ª Exposição Internacional da Cadeia de Suprimentos da China (CISCE, em inglês), que está sendo realizada em Beijing, atraiu representantes de mais de 600 empresas de cerca de 70 países e regiões, incluindo o governo estadual e algumas empresas do Rio Grande do Sul do Brasil.
Como a primeira exposição nacional do mundo com o tema da cadeia de suprimentos realizada pela China, a CISCE, que acontece entre 26 e 30 de novembro, tem como objetivo fortalecer o intercâmbio e a cooperação entre a China e os países estrangeiros por meio de fóruns, exposições, negociações comerciais e outros meios, além de ajudar as empresas a se integrarem à cadeia industrial e à cadeia de suprimentos globais para alcançar um desenvolvimento vantajoso para todos.
No estande do Rio Grande do Sul, na área de exposição da cadeia de energia limpa da CISCE, um gerente de mercado de sobrenome Li de uma empresa de processamento de produtos de metal da Província de Shanxi, na China, consultou sobre o ambiente de investimento e a tributação no Rio Grande do Sul.
"A América do Sul é um mercado externo muito importante para nossa empresa. O Brasil tem uma grande população, uma ampla área, ricos recursos de metal e também está próximo do Uruguai e da Argentina, por isso esperamos fortalecer a cooperação com o Brasil e estamos planejando construir uma fábrica no país para processar diretamente os produtos de metal com recursos locais e depois vender para os clientes vizinhos", disse Li.
Esta é a segunda vez que o Rio Grande do Sul participa da CISCE. No estande especialmente montado, o estado mostrou aos participantes os resultados da prática local em energia limpa e os casos bem-sucedidos de cooperação na cadeia de suprimentos e na cadeia industrial com empresas chinesas em campos relacionados.
Durante a exposição, a delegação do Rio Grande do Sul também conversou com representantes de empresas chinesas para apresentar projetos de investimento locais, incluindo a construção de parques eólicos nas áreas costeiras do estado e o fortalecimento do fornecimento de exportação de grãos e produtos de carne produzidos no estado.
Segundo Isa Carla Osterkamp, assessora superior da secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, nesta exposição o Rio Grande do Sul estabeleceu vínculos com muitas províncias chinesas.
Osterkamp também espera mostrar as boas práticas do Rio Grande do Sul em energia limpa e atrair mais empresas chinesas para investir no Brasil. Segundo ela, algumas empresas chinesas conversaram com a delegação brasileira sobre cooperação em nova energia e foi alcançada uma intenção substancial.
Recentemente, a China e o Brasil assinaram mais de 30 documentos de cooperação bilateral nas áreas de economia e comércio, investimento, agricultura, economia digital, desenvolvimento sustentável, ciência e tecnologia, entre outras, o que encoraja muito Osterkamp.
Ela acredita que o Brasil e a China podem expandir a cooperação em energia, veículos elétricos, agricultura e outros campos. "Esperamos atrair mais empresas chinesas para investir no Brasil, porque as empresas chinesas são muito inovadoras e são parceiras seguras e confiáveis", disse Osterkamp, que também espera maior apoio e ajuda da China em ciência e tecnologia para o Brasil.
"Estou otimista sobre o futuro das relações entre o Brasil e a China e acredito que nossa cooperação se expandirá para mais áreas novas", observou ela.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, aproveitou a oportunidade ao discursar num fórum da exposição para apresentar as vantagens do estado em diversas áreas, incluindo economia, agricultura, energia limpa, inovação e tecnologia.
Ele também destacou a cooperação amigável entre o estado e a província chinesa de Hubei ao longo dos anos. "Nos últimos anos, estabelecemos cooperação e parceria com Hubei em diversas áreas, como agricultura e ciência e tecnologia", disse o governador.
Referindo-se à recente assinatura de vários acordos entre a China e o Brasil, ele disse que esse poderia ser o maior número de acordos de parceria assinados desde o estabelecimento de relações diplomáticas bilaterais há 50 anos, o que levará a uma cooperação mais ampla e profunda entre os dois países no futuro.
Em sua opinião, a parceria estratégica entre a China e o Brasil atingiu um novo nível de desenvolvimento. Ele espera que os intercâmbios amistosos entre o Rio Grande do Sul e a China também sejam fortalecidos e consolidados por meio das relações bilaterais cada vez mais estreitas entre os dois países.
"A exposição oferece uma oportunidade para consolidar ainda mais nossa parceria estratégica com países de todo o mundo, incluindo a China", disse o governador.