Rio de Janeiro, 26 nov (Xinhua) -- O mercado financeiro do Brasil reduziu a previsão da inflação de 4,64% para 4,63% para 2024, na primeira queda da expectativa em 18 semanas, segundo a pesquisa Focus realizada com as principais instituições financeiras pelo Banco Central e divulgada nesta segunda-feira.
Apesar da redução, a projeção continua acima do limite da meta oficial, de 4,5%, enquanto a estimativa para 2025 passou de 4,12% para 4,34%.
A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional que o Banco Central persegue através da política monetária é de 3% anual, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo.
A previsão do mercado de que a inflação fechará este ano acima do teto ocorre depois da publicação do índice de preços de setembro, que foi pressionado por questões climáticas, como a seca, que levou a um aumento das tarifas da eletricidade e dos preços dos alimentos.
Sobre a taxa de juros básica, Selic, os analistas projetam que terminará o ano em 11,75% e elevaram a previsão para o fim do próximo ano de 12% para 12,25%.
Com relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão subiu de 3,10% para 3,17% este ano e de 1,94% para 1,95% em 2025.
A projeção para a taxa de câmbio, atualmente em 5,80 reais por dólar, é de 5,70 reais por dólar para o fim de 2024 e de 5,55 reais por dólar no final de 2025.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos importações), a estimativa é alcançar US$ 75 bilhões este ano e US$ 76,3 bilhões em 2025.
A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no país em 2024 é de US$ 71,55 bilhões e de US$ 73,56 bilhões para 2025.