China e países do Mekong criam cooperação de alta qualidade para prosperidade compartilhada-Xinhua

China e países do Mekong criam cooperação de alta qualidade para prosperidade compartilhada

2024-11-11 12:36:03丨portuguese.xinhuanet.com

* Os seis membros da GMS, China e os cinco países do Mekong, lançaram o Programa de Cooperação Econômica da GMS em 1992 para juntar esforços a fim de melhorar a infraestrutura regional e aumentar o comércio, o investimento e o crescimento econômico.

* Nas últimas três décadas, a GMS virou uma plataforma cada vez mais importante para a China e para os países do Mekong discutirem a cooperação e promoverem o desenvolvimento comum.

* Suas cooperações produziram resultados frutíferos, abrangendo vários campos, como construção de infraestrutura, cooperação econômica e comercial, intercâmbios culturais e inovação.

Kunming, 9 nov (Xinhua) — Percorrendo as ruas de Kunming, a capital da província de Yunnan, no sudoeste da China, é impossível não sentir o aroma atraente de capim-limão, galanga e leite de coco das barracas de comida tailandesa, junto com a variedade de grãos de café vietnamitas em exposição.

Dados do Meituan e do Dianping, populares plataformas de guias e avaliações de cidades semelhantes ao Yelp na China, mostraram que mais de 160 restaurantes servindo culinárias do Sudeste Asiático foram abertos em Kunming somente neste ano, com a maioria servindo comida de países do Mekong, incluindo Camboja, Laos, Mianmar, Tailândia e Vietnã.

Uma dessas embaixadoras culinárias é Nannaphat Ananmethaphat, da Tailândia, que abriu seu primeiro restaurante em Kunming em 2005 e agora opera oito restaurantes tailandeses na cidade. "Quando comecei, os moradores locais não estavam familiarizados com os sabores tailandeses", disse ela. Naqueles primeiros anos, Ananmethaphat adaptou cuidadosamente suas receitas, misturando ingredientes locais de Yunnan com temperos tailandeses tradicionais.

Foto de arquivo sem data mostra Nannaphat Ananmethaphat (1ª, à direita) com suas amigas em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China. (Xinhua)

A combinação de sabores, cada vez mais aceita pelos moradores, é um subproduto das trocas interpessoais cada vez mais próximas. É também um microcosmo dos laços culturais e conexões econômicas cada vez mais fortes entre a China e os países do Mekong.

Esses laços cada vez mais fortalecidos resultaram na oitava Cúpula da Sub-região do Grande Mekong (GMS, na sigla em inglês), que terminou em Kunming na quinta-feira. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, participou da cúpula, pedindo aos seis membros da GMS que melhorassem sua cooperação após uma parceria produtiva que abrange três décadas desde o estabelecimento do mecanismo.

Os seis membros da GMS, China e os cinco países do Mekong, lançaram o Programa de Cooperação Econômica da GMS em 1992 para juntar esforços a fim de melhorar a infraestrutura regional e aumentar o comércio, o investimento e o crescimento econômico.

Foto de arquivo sem data mostra restaurante administrado por Nannaphat Ananmethaphat em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China. (Xinhua)

Nas últimas três décadas, a GMS tem virado uma plataforma cada vez mais importante para a China e para os países do Mekong discutirem cooperação e promoverem o desenvolvimento comum. Suas cooperações têm gerado resultados frutíferos, abrangendo vários campos, como construção de infraestrutura, cooperação econômica e comercial, intercâmbios culturais e inovação.

Somente no setor de comércio, o comércio da China com os países do Mekong ultrapassou 200 bilhões de dólares americanos no primeiro semestre deste ano, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.

CONECTIVIDADE ACELERADA

A Ferrovia China-Laos, que conecta a capital do Laos, Vientiane, com Kunming, transportou mais de 41,7 milhões de passageiros e 46,7 milhões de toneladas de carga, incluindo 10,7 milhões de toneladas de mercadorias transfronteiriças, desde seu lançamento no final de 2021.

Passageiros com destino ao Laos a bordo de trem da Ferrovia China-Laos na Estação Ferroviária Sul de Kunming em Kunming, província de Yunnan, sudoeste da China, no dia 14 de fevereiro de 2024. (Xinhua/Hu Chao)

Este vínculo essencial transformou o Laos de um país sem litoral em um centro de conectividade. Expandiu a rede logística internacional, reduzindo significativamente os custos e o tempo de transporte e injetando vitalidade na economia regional.

Wang Feng, gerente de uma empresa agrícola em Yunnan, compartilhou como a nova rota abriu portas para sua empresa. "Costumávamos operar principalmente no mercado interno, mas agora, graças à logística da cadeia fria por meio da Ferrovia China-Laos, estamos exportando mais de 20 tipos de vegetais para as nações do Mekong".

Primeiro trem internacional de cadeia fria da Ferrovia China-Laos (Vientiane-Kunming-Pinggu em Beijing) transporta bananas para o Centro Logístico Jing Ping no distrito de Pinggu em Beijing, capital da China, no dia 20 de outubro de 2024. (Xinhua/Ren Chao)

O transporte rodoviário transfronteiriço também viu grande progresso. Na última década, a rede rodoviária da GMS se expandiu em quase 200.000 quilômetros, e o frete rodoviário terrestre quase dobrou, abrindo caminho para o crescimento econômico regional.

Em junho, o projeto piloto de transporte transfronteiriço da GMS viu um trem partir de Kunming e viajar pela China, Laos, Tailândia e Camboja, até chegar a Phnom Penh após uma viagem de seis dias percorrendo cerca de 2.500 quilômetros.

Esse teste foi parte das ações para implementar o consenso alcançado na Oitava Reunião do Comitê Conjunto para o Acordo de Facilitação de Transporte Transfronteiriço (CBTA) da GMS.

"Agora podemos fazer transporte transfronteiriço dentro da região sem trocar de veículo ou contêineres", disse Li Sai, gerente da Divisão de Transporte Multimodal Internacional do Grupo de Construção e Investimentos de Yunnan. O trem transportou vegetais, materiais de construção e outros bens para exportação e voltou com produtos agrícolas como frutas e café do Camboja e da Tailândia.

FUTURO COMPARTILHADO

A inovação e a colaboração industrial são aspectos essenciais da parceria da GMS. O primeiro-ministro Li destacou a necessidade de os países se concentrarem em áreas como baterias de nova energia, automóveis e indústrias fotovoltaicas, e expandir a cooperação em áreas emergentes como energia limpa, manufatura inteligente, big data e cidades inteligentes.

As principais empresas chinesas de energia renovável estão trabalhando em estreita colaboração com empresas dos países do Mekong e investindo em novas instalações para criar produtos inovadores e adaptados localmente, contribuindo ativamente para a transição verde da região.

Em julho, a BYD abriu uma fábrica de veículos elétricos (EVs) na Tailândia, a primeira fábrica da montadora no Sudeste Asiático. Antes, a gigante chinesa de baterias CATL fechou um acordo com a Arun Plus Company Limited (Arun Plus) na Tailândia para atender fabricantes locais de EVs, aumentando o potencial da Tailândia para se tornar o centro de produção de baterias da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Trabalhadores operam em linha de montagem da nova fábrica da BYD na província de Rayong, Tailândia, no dia 4 de julho de 2024. (Xinhua/Sun Weitong)

"O desenvolvimento tecnológico da China em vários setores trouxe benefícios tangíveis aos países vizinhos", disse Seng Long, empreendedor do Camboja que opera uma empresa de processamento de metais. "Nossas matérias-primas, equipamentos e tecnologia vêm da China, e algumas dessas parcerias duram mais de uma década".

A China decidiu emitir "vistos Lancang-Mekong" para os cinco países do Mekong e emitir vistos de múltiplas entradas de cinco anos para empresários qualificados para facilitar as trocas comerciais.

"Espero que os negócios entre a China e os países vizinhos fiquem cada vez mais convenientes no futuro e que possamos introduzir tecnologias mais avançadas da China", acrescentou Seng Long.

(Matéria de Wu Xiaoyang, Zhao Peiran, Zhao Cailin e Tian Ying; Repórteres de vídeo: Sun Min; Edição de vídeo: Liang Wanshan, Zhu Cong e Luo Hui)

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