BC do Brasil sinaliza que pode aumentar taxa básica de juros-Xinhua

BC do Brasil sinaliza que pode aumentar taxa básica de juros

2024-08-07 13:59:16丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 6 ago (Xinhua) -- O Banco Central do Brasil está preocupado com a alta do dólar e seu impacto na inflação futura, por isso afirmou que "não hesitará em aumentar a taxa de juros para garantir que a inflação convirja para o objetivo, se considerar apropriado".

A afirmação consta da ata divulgada nesta terça-feira sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada, na qual manteve a taxa básica de juros Selic em 10,50% ao ano pela segunda vez consecutiva.

De acordo com o Banco Central, foram observadas movimentações recentes nas expectativas de inflação e na taxa de câmbio, com a forte alta do dólar nas últimas semanas.

"Observou-se que caso esses movimentos se mostrem persistentes, os impactos inflacionários resultantes poderão ser significativos e serão devidamente incorporados pelo Comitê. Como resultado, o Comitê avaliou que chegou o momento de monitorar diligentemente as restrições inflacionárias e de maior vigilância diante de um cenário mais desafiador", ressaltou o Banco Central.

No Copom, há também uma percepção mais recente entre os agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do atual quadro fiscal, com impacto nas expectativas.

O órgão antecipou que decidirá entre manter a taxa Selic elevada por muito tempo ou a possibilidade de aumentá-la se necessário.

"À luz deste acompanhamento, o Comitê avaliará a melhor estratégia: por um lado, se a estratégia de manutenção da taxa de juros por um período suficientemente longo levará a inflação à meta no horizonte relevante; por outro lado, o Comité reforçou, por unanimidade, que não hesitará em aumentar a taxa de juros para garantir que a inflação convirja para o objetivo, se considerar apropriado", acrescentou o Banco Central.

A meta de inflação para este ano e para o próximo, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, pelo que será considerada cumprida se oscilar entre 1,5 e 4,5%.

Na semana passada, a previsão dos economistas do mercado financeiro era de que a inflação em 2024 será de 4,12% e em 2025 será de 3,98%, mais próxima da faixa superior da meta de inflação.

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