(Foto por Kaikeo Saiyasane/Xinhua)

Vientiane, 27 jul (Xinhua) -- O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, se reuniu com o secretário das Relações Exteriores das Filipinas, Enrique Manalo, na sexta-feira, advertindo o lado filipino sobre a implantação do sistema de mísseis intermediários dos EUA.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que a China e as Filipinas são vizinhos próximos através do mar e que a boa vizinhança, a cooperação mutuamente benéfica e o desenvolvimento comum são interesses fundamentais dos dois países.

Ele observou que as lições positivas e negativas das relações entre a China e as Filipinas nos últimos anos provaram repetidamente que não é fácil construir boas relações, mas é fácil destruí-las.

No momento, disse Wang, as relações entre a China e as Filipinas estão enfrentando sérias dificuldades e desafios, que estão enraizados no fato de que o lado filipino violou repetidamente o consenso dos dois lados e seus próprios compromissos, impulsionou continuamente a violação dos direitos no mar e ampliou a especulação da opinião pública.

A China está seriamente preocupada e se opõe firmemente a isso, disse Wang.

Ele acrescentou que, se as Filipinas introduzirem o sistema de mísseis intermediários dos EUA, isso criará tensão e confronto regional, desencadeando uma corrida armamentista, o que está totalmente em desconformidade com os interesses e aspirações do povo filipino.

Wang disse que a China chegou recentemente a um acordo temporário com as Filipinas sobre o transporte e o reabastecimento de suprimentos humanitários para Ren'ai Jiao, a fim de manter a estabilidade da situação marítima. A chave é que o lado filipino cumpra seus compromissos e não mude sua posição, disse o chanceler chinês. Caso contrário, observou ele, a China definitivamente responderá com determinação.

Wang ressaltou que as relações entre a China e as Filipinas estão agora em uma encruzilhada e que não há como sair do conflito e do confronto, exceto pelo diálogo e pelas consultas.

Ele expressou a esperança de que o lado filipino reflita seriamente sobre o futuro das relações entre a China e as Filipinas e trabalhe com a China para colocar as relações bilaterais de volta no caminho certo em uma data próxima.

Manalo, por sua vez, disse que as Filipinas e a China têm uma longa história de amizade tradicional e estabeleceram uma relação de cooperação estratégica abrangente baseada no tratamento igual e no benefício mútuo.

Apesar das dificuldades e dos desafios enfrentados pelos dois lados devido a questões marítimas, as Filipinas estão comprometidas em amenizar a situação por meio de diálogo e consultas e em lidar com as diferenças de forma construtiva, disse Manalo.

Ele acrescentou que a recente reunião do mecanismo consultivo bilateral sobre o Mar do Sul da China, durante a qual os dois lados concordaram em gerenciar a situação marítima, reflete a boa vontade de ambos os lados sem comprometer suas respectivas posições.

As Filipinas estão dispostas a implementar o consenso, disse Manalo, observando que o próximo ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre as Filipinas e a China, e as Filipinas estão dispostas a fortalecer a comunicação com a China de maneira sincera e pragmática para aumentar a confiança mútua e melhorar as relações bilaterais.