Rio de Janeiro, 9 jul (Xinhua) -- O mercado financeiro elevou, pela nona semana consecutiva, sua previsão sobre a inflação deste ano, que passou de 4% para 4,02%, e ao mesmo tempo aumentou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,09% para 2,10%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Os mais de uma centena de economistas de instituições financeiras também aumentaram a previsão da inflação para 2025, que passou de 3,7% para 3,88%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
A estimativa do mercado financeiro para 2024 é superior à meta estabelecida pelo governo e pelo Banco Central, que é de 3%, porém com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que permite que o índice fique entre 1,5% e 4,5%.
Segundo os dados oficiais, nos últimos doze meses até maio, a inflação no Brasil alcançou 3,93%.
Por sua vez, a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano subiu para 2,10%.
Para 2025, espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) -a soma de todos os bens e serviços produzidos no país- cresça 1,97%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB de 2% para ambos os anos.
A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,5%, deve se manter neste nível até finalizar o ano, segundo os analistas financeiros, enquanto a balança comercial do Brasil (exportações menos importações) foi projetada com um superávit de US$ 82 bilhões.
Com relação ao câmbio, atualmente em 5,476 reais por dólar, a projeção é que fique em 5,20 reais por dólar no final do ano, mantendo-se nesse valor até o final de 2025.